“Este é um momento que não esperava que fosse possível” revelou Élio Vicente, diretor do Porto d’Abrigo do Zoomarine, centro que o parque temático criou em 2002 para a reabilitação da fauna marinha, onde a tartaruga de couro batizada como Quinas passou seis semanas em recuperação.
A bordo da corveta António Enes, o biólogo marinho, que coordenou a operação, referia-se ao seu receio sobre a recuperação das espécies consideradas “muito sensíveis às condições de cativeiro”, como é o caso desta, especialmente depois de experiências falhadas no passado.
A entrada na água foi algo atribulada, com uma das correias da caixa que transportava o Quinas a prender-se ao seu ombro, mas nada que impedisse a sua devolução em segurança e que permitiu finalizar um processo que, segundo Élio Vicente, envolveu “a sociedade”, até na escolha do nome do animal.
A bordo da corveta, aquele responsável agradeceu às muitas pessoas que “recorrentemente enviaram medusas que serviram de alimento a esta tartaruga” ou ao Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) que, de forma diária, enviou informação “dos locais onde havia mais medusas”, para facilitar a sua apanha.
No dorso do Quinas ficou instalado um aparelho de monitorização via satélite que vai permitir acompanhar o percurso do animal durante 36 meses, cuja presença só foi possível porque o Grupo de Amigos de Intervenção Animal “esteve ontem [terça-feira] cinco horas em Lisboa para o conseguir desalfandegar,” revelou.
Esta ação só foi possível com a contribuição da Marinha Portuguesa, numa missão que “é uma continuação do trabalho de outros anos”, afirmou, por seu turno, o comandante da Zona Marítima do Sul, Nuno Cortes Lopes, recordando que é também papel da Marinha contribuir “para os valores ambientais da cidadania marítima”.
O Quinas é um macho da espécie Dermochelys coriácea, a maior espécie de tartarugas marinhas, mede dois metros de comprimento e pesa 300 quilos.
Estes animais alimentam-se essencialmente de medusas e podem ser encontrados em praticamente todos os oceanos, vivendo quase toda a vida em alto-mar, rumando à costa apenas para a desova.
Este exemplar foi avistado por banhistas na Meia Praia, em Lagos, onde esteve cerca de três horas a lutar para se libertar de cabos de amarração.
Alertados os nadadores-salvadores e a Polícia Marítima foi depois transportado para o Porto D’Abrigo do Zoomarine onde recuperou durante cerca de um mês e meio.
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