O CEO da Ryanair, Michael O’Leary, teceu duras críticas à política portuguesa para a aviação comercial, nomeadamente pelos apoios à TAP e pelo aumento das taxas aeroportuárias.
No mesmo ‘webinar’ em que Miguel Frasquilho, presidente da TAP, agradeceu “ao povo” por pagar a sobrevivência da empresa, o dirigente da Ryanair antecipou que os apoios públicos não servirão para nada.
“Em vez de estoirar 3000 milhões de euros a subsidiar a TAP, que vai perder o dinheiro de qualquer forma, [o Governo] devia colocar algum desse dinheiro na ANA e nos aeroportos, para baixar as taxas aeroportuárias, como um incentivo para a retoma no verão e inverno de 2021”, frisou Michael O’Leary.
A primeira medida seria “a eliminação da estúpida taxa ambiental de dois euros”, continuou o gestor da Ryanair.
“Portugal não pode ser o único país na Europa a propor um aumento de taxas, numa altura em que a indústria do turismo precisa de recuperar”, advertiu.
Enquanto tenta salvar a TAP, Portugal continua a adiar o novo aeroporto do Montijo, com “tretas como estudos” de impacto ambiental.
“Abram o Montijo, com urgência, e voaremos para lá”, garantiu o CEO da Ryanair.
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