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TAP cancela 36 voos no aeroporto de Lisboa sem explicar motivo

A TAP procedeu ao cancelamento de 36 voos de e para o aeroporto de Lisboa desde as 07h00 de segunda-feira, segundo a página da ANA – Aeroportos de Portugal. A transportadora “lamenta” a situação, mas não apresenta, por enquanto, justificações.

A agência Lusa questionou a transportadora, que ainda não respondeu, sobre os motivos para dezenas de cancelamentos, uma situação que a RTP tinha noticiado no sábado.

“A RTP sabe que os pilotos da TAP estão a seguir à risca o que diz o Acordo da Empresa em relação às horas de descanso”, numa posição que seria mantida até segunda-feira, segundo a mesma notícia.

A Lusa contactou na segunda-feira ao final da tarde fonte oficial do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) sobre a referida recusa dos pilotos em trabalhar em dias de folga e de descanso semanal, mas fonte oficial recusou qualquer comentário sobre a iniciativa.

Sobre os cancelamentos observados na página da internet da empresa gestora dos aeroportos nacionais, a “TAP lamenta os cancelamentos e está a atuar para minimizar os impactos junto dos seus passageiros”, segundo uma resposta enviada à Lusa.

Na contabilização feita hoje, as ligações canceladas incluem destinos como Abidjan, Lome e Rio de Janeiro, além das regiões autónomas e várias cidades europeias.

Na página da transportadora na rede social Facebook foram escritas várias críticas aos cancelamentos, cuja justificação dada, segundos esses textos, é falta de tripulação, e aos inúmeros atrasos.

Há ainda testemunhos de filas longas para tentar resolver a situação.

No passado dia 15, os pilotos da reuniram-se em assembleia de empresa convocada pelo SPAC e decidiram mandatar a direção sindical para prosseguir as negociações com a companhia.

“Essas negociações têm que ver com matérias relacionadas com o regulamento de contratação externa e a atualização salarial”, segundo um comunicado do SPAC divulgado após a reunião.

A assembleia dos pilotos da TAP teve como ordem de trabalhos a análise da “situação de incumprimento” pela TAP do Acordo de Empresa relativo ao regulamento de contratação externa (RERCE) e a atualização salarial, bem como medidas “para a resolução da situação de depreciação salarial dos pilotos”.

Os pilotos tinham ainda na agenda a “adoção das medidas necessárias, incluindo o recurso a ação industrial”.

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