A Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen, disse na sexta-feira que seguirá “princípios humanitários” para lidar com os pedidos de asilo de ativistas de Hong Kong, território administrado pela China que tem sido assolado por protestos pró-democracia.
As declarações surgem depois da Radio Free Asia ter noticiado que fugiram para Taiwan mais de uma dúzia de manifestantes de Hong Kong.
Em resposta, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da China acusou Taiwan de exibir uma falsa benevolência.
“Nós aconselhamos algumas pessoas na ilha [Taiwan] a não demonstrarem neste momento uma falsa compaixão”, disse o porta-voz Geng Shuang numa conferência de imprensa.
Taiwan não tem uma política formal de acolhimento de refugiados e qualquer movimento para dar abrigo a manifestantes de Hong Kong provavelmente iria irritar Pequim, sobretudo quando é visível o clima de crescente tensão entre a China e Taiwan.
Hong Kong foi abalado no último mês por protestos maciços contra propostas de emendas à lei da extradição que permitiria que suspeitos de crimes fossem julgados no interior da China, que reivindica Taiwan como seu território.
Tsai falava aos jornalistas durante uma visita esta semana a Santa Lúcia, uma nação insular do Caribe que está entre os poucos aliados de Taiwan.
A Alemanha concedeu asilo em 2018 a dois ativistas pró-democracia de Hong Kong.
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