O Sporting conquistou hoje a 16.ª Taça de Portugal da sua história, ao derrotar o Sporting de Braga, por 3-1, nas grandes penalidades, no Estádio do Jamor. Os minhotos estiveram a vencer por 2-0, com mais um homem em jogo, mas o leão operou o milagre e foi mais eficaz nas grandes penalidades. O encontro terminou empatado 2-2, com golos apontados por Éder (16, de penálti), Rafa (25), Slimani (83) e Montero (92).
A jogar com 10 elementos desde os 15 minutos, o Sporting viu-se obrigado a mudar a estratégia montada por Marco Silva para a partida.
Cédric foi expulso depois de cometer uma grande penalidade, o que facilitou a tarefa do conjunto treinado por Sérgio Conceição.
Com mais uma falha de um lateral-direito – Miguel Lopes entrara para a posição de Cédric, com João Mário a ser sacrificado –, o Sporting de Braga aumentou para 2-0, num lance individual de Rafa, que ganha a bola ao defesa leonino e corre para bater Rui Patrício.
Os minhotos tinham mais um elemento em campo, uma vantagem confortável e pela frente estava um aparente muro: o guarda-redes russo aparentemente intransponível: Kritsyuk defendia tudo.
Sporting garantiu a 16.ª Taça de Portugal e vai defrontar o Benfica na Supertaça, que marca o arranque da próxima época.
Até que Marco Silva decide arriscar e colocar Montero em campo, retirando o lateral Miguel Lopes. Este terá sido o momento do jogo, até então.
Slimani reduziu a desvantagem aos 83 minutos, depois de uma falha da defesa do Sporting de Braga, e Montero repôs a igualdade, aos 92 minutos, após erro de Adernan Santos.
Os minhotos deixavam fugir uma vitória que parecia certa e tinham pela frente um adversário transfigurado: menos um homem, mas muito mais confiança.
Sporting ‘sobreviveu’ a uma expulsão, a dois golos de desvantagem e a grandes penalidades com o guarda-redes lesionado.
E foi este o cenário de um prolongamento inesperado, que começa com uma grande oportunidade de Nani, com a equipa de Sérgio Conceição receosa e com os leões alheios ao facto de estarem em inferioridade numérica.
Dois fatores tornavam o jogo previsível: o cansaço e o receio de o perder, que se sobrepunham ao risco.
As grandes penalidades afiguravam-se como prováveis, até que Mauro foi expulso e as equipas passam a jogar em igualdade numérica. Nada que mudasse a tendência de jogo.
Alguns sportinguistas já tinham abandonado o Estádio do Jamor quando o leão começou a operar a reviravolta, consumada nas grandes penalidades.
E com o resultado sem alterações, os castigos máximos foram… castigadores para o Sporting de Braga, que falhou três remates, mesmo com Rui Patrício lesionado entre os postes.
O técnico Marco Silva acaba por chamar a si grande parte deste triunfo, com as substituições que fez. Do outro lado, Sérgio Conceição foi vítima de erros individuais que deitaram por terra o sonho do Jamor. E quando se fala em “erros individuais”, isentam-se os jogadores que falharam as grandes penalidades.
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