Cultura

Tabu coloca Miguel Gomes a caminho do triunfo no Urso de Ouro

miguel_gomesTabu, o filme de Miguel Gomes, venceu o prémio da crítica no Festival de Berlim, que decorre na Alemanha. A distinção coloca o realizador português na lista de candidatos ao troféu principal do evento, o Urso de Ouro.

Miguel Gomes voltou a vencer o prémio da crítica, atribuído pela Fipresci, no Festival de Berlim, na Alemanha. Com o filme ‘Tabu’, o realizador português repetiu a distinção alcançada em 2008, quando triunfou com ‘Aquele querido mês de agosto’, numa cerimónia realizada em Viena (Áustria).

O júri, composto por Scott Foundas (EUA), Essam Zakarea (Grécia), Zsolt Gyenge (Hungria), Nils Olav Saeveras (Noruega), Youngmee Hwang (Coreia do Sul), Claudia Lenssen (Alemanha), Beat Glur (Suissa), Meenakshi Shedde (India) e Bettina Schuler (Alemanha), escolheu uma obra que está a ser elogiada pelos ‘media’ da especialidade. A Variety considerou ‘Tabu’ um objeto “desconcertante”, mas que é “encantadoramente excêntrico” para a Hollywwod Reporter: “a liberdade de Gomes em trabalhar com peças familiares vai novamente ganhar elogios da crítica para o realizador que foi crítico”.

A distinção faz com que a obra seja apontada como uma das mais fortes candidatas a vencer o principal prémio do festival, o ‘Urso de Ouro’. Miguel Gomes está a caminho de se tornar “muito maior” entre os iguais, como elogiou o El Mundo.

Confirmada está já a distribuição do filme em vários países. Para além de Portugal, Alemanha, Brasil e França (o filme é em coprodução), ‘Tabu’ vai ser exibido em Canadá, Grécia, Suíça, Áustria, Sérvia, Bósnia, Montenegro, Austrália, EUA, Reino Unido, México, Bélgica, Holanda e Luxemburgo.

Desde 1999 que a cinematografia portuguesa não atingia a seleccção oficial do Festival de Berlim. ‘Tabu’, que agora o consegue, aborda a presença portuguesa em África, embora com referências à atualidade. 

“Eu comecei a pensar neste filme por causa duns tipos que conheci durante a rodagem do ‘Aquele Querido Mês de agosto’, que tinham tido uma banda em Moçambique. Independentemente do olhar político deles, os relatos que faziam eram cheios de verdade emocional. De alguém que se divertiu na juventude, viveu imensas histórias”, explicou Miguel Gomes, numa entrevista recente.

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