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Tablets ajudaram ao sucesso escolar em secundária de Lisboa

A Fundação Calouste Gulbenkian realizou testes de ensino com duas turmas, ao longo de dois anos, para tentar perceber o impacto que a utilização de meios tecnológicos tinha no ambiente escolar. As conclusões apontam para um aproveitamento quase de 100 por cento entre a comunidade escolar.

A experiência realizou-se com duas turmas de uma escola secundária de Lisboa durante os anos letivos de 2014-2015 e 2015-2016 e o balanço feito pelos professores é positivo e foi mostrado em livro.

José Luís Ramos, professor universitário e um dos autores do livro, destaca a “maior motivação e uma atitude mais positiva para com a escola e a aprendizagem”.

De acordo com o Diário de Notícias, que teve acesso ao livro, “a investigação mostra que os alunos de ambas as turmas que participaram no projeto durante os dois anos, desde o seu início (7.º e 10.º anos) e que transitaram para os anos seguintes (8.º e 11.º anos, respetivamente), foram todos aprovados, à exceção de um aluno, tendo sido calculada uma taxa global, para estes alunos participantes, de sucesso escolar muito próxima dos 100 por cento”

Esta experiência começou, no primeiro ano, com 51 alunos e 18 professores, ao passo que no segundo ano letivo foram menos professores e menos alunos (44 estudantes e 15 docentes).

É ainda descrito que o uso do tablet “desenvolveu competências do século XXI nos alunos, nomeadamente a aprendizagem independente, pensamento crítico, resolução de problemas do mundo real e reflexão; comunicação e colaboração; criatividade; e literacia digital”.

Esta experiência não é, porém, vista com ‘bons olhos’ por toda a comunidade académica portuguesa.

Manuel Pinto, professor da Universidade do Minho, comentou este estudo e deixou uma visão crítica.

“Com os anos que levo de observação destas coisas da educação, já ouvi falar das virtudes curativas da esferográfica, dos audiovisuais, do computador e da Internet. Mas ainda não do tablet (a propósito, lembram-se do computador Magalhães?)”, começou por explicar numa reflexão feita na sua conta de Facebook.

“Apresentar assim o que foi feito é como tentar vender banha de cobra. A indústria de tablets pode começar a preparar-se para ligar as máquinas.”

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