A partir de maio, será proibido fumar em qualquer espaço público que seja fechado. A lei do tabaco vai ser revista porque, como explica o diretor-geral da Saúde, “sabemos que a principal fonte que polui o ar interior que respiramos é o fumo do tabaco”.

O diretor-geral da Saúde, Francisco George, avançou ontem que a lei do tabaco vai ser revista em breve. O governante revelou um agravamento da lei já a partir da maio, com a inclusão da proibição de fumar em todos os locais públicos fechados.

“Sabemos que a principal fonte que polui o ar interior que respiramos é o fumo do tabaco, quer por aqueles que fumam, quer por aqueles que acabam por inalar o fumo dos outros”, explicou Francisco George.

Nas estimativas da Direção-Geral da Saúde, os portugueses passam 80 por cento do tempo a respirar ar interior, o que justifica a adoção de regras mais exigentes na qualidade do ar interior dos edifícios.

“É absolutamente essencial caminharmos no sentido de revermos a nossa lei para sermos mais exigentes com a qualidade do ar interior que todos respiramos, incluindo as crianças”, reforçou o diretor-geral da Saúde.

As pessoas dormem, estão em casa, trabalham, estão na escola, na fábrica, no centro comercial ou no cinema, insistiu o responsável, pelo que “a qualidade do ar interior é essencial”.

Francisco George lembrou ainda que os poluentes, principalmente o tabaco, são causa de morte prematura antes dos 70 anos e da prevalência de asma nas crianças.

As declarações do diretor-geral da Saúde foram proferidas à margem da conferência “A integração da qualidade do ar interior e da eficiência energética em edifícios”, organizada pela Ordem dos Engenheiros.