Carolos Papoulias, Presidente da República da Grécia, encontra-se com os líderes da maioria dos partidos com assento no Parlamento. O objetivo é pôr fim ao impasse político e formar um governo de tecnocratas, situação rejeitada pela esquerda radical do Syriza, liderada por Alexis Tsipras.

A Grécia conhece hoje um capítulo fundamental, tendo em vista a criação de um Governo e evitar novas eleições e a instabilidade política, que ameaça a continuidade do país na Zona Euro.

O Presidente da República mantém um encontro com cinco dos sete partidos que têm representação parlamentar. Carolos Papoulias ouvirá Antonis Samaras (Nova Democracia), Alexis Tsipras (Syriza), Evangelos Venizelos (Pasok) Fotis Kouvelis (Dimar) e Panos Kammenos (Gregos Independentes) tentarão desapertar os nós políticos da Grécia.

De fora deste encontro ficaram o Partido Comunista, por opção própria, e o partido Aurora Dourada, de extrema-direita, que não recebeu convite para esta reunião entre o Presidente Carolos Papoulias e as restantes forças partidárias com deputados eleitos.

As tentativas de formar Governo na Grécia fracassaram e o país, que atravessa uma grave crise, está numa luta contra o tempo para tentar a estabilidade política.

Recorde-se que o prestigiado economista Paul Krugman considera que “é muito provável” que a Grécia abandone a Zona Euro “já no próximo mês”. O norte-americano as dificuldades que o país vive, aliadas à crise política suscitada pelas eleições legislativas de há uma semana, que não permitiram uma maioria que conceda estabilidade política.

Desse modo, a Zona Euro pode perder um dos seus elementos, já no próximo mês, o que representaria um rude golpe no projeto europeu da moeda única e a abertura de um precedente.

Paul Krugman advoga que a Grécia não só está ameaçada no projeto da moeda única como poderá ter de voltar a realizar eleições, se não for capaz de criar um acordo político “dentro dos próximos dias”. É esse cenário que Carolos Papoulias evita hoje, com os diversos partidos.