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Suzana Garcia “tem tido um discurso anti Chega”, diz distrital de Lisboa do PSD

A indicação da comentadora e advogada Suzana Garcia como candidata à Câmara da Amadora, pela concelhia, tornou-se no tema do momento do PSD, dividido entre o apoio e a revolta pela escolha de uma figura que tem sido vista como próxima do Chega.

A advogada tornou-se conhecida pelos comentários sobre casos de polícia na TVI. Sem ‘papas na língua’, Suzana Garcia manifestou-se muitas vezes favorável a ideias polémicas apresentadas por André Ventura, como a castração química de condenados por abuso sexual de menores.

“Com a candidatura de uma racista empedernida como a Suzana Garcia à Câmara da Amadora, precisamente no concelho onde há uma crónica violência policial racista contra pessoas negras e mais assassinatos de pessoas negras pela polícia, acaba assim o PSD também de entrar forte no campeonato do racismo larvar”, condenou Mamadou Ba, ativista do SOS Racismo.

No interior do partido, muitas críticas surgiram contra a concelhia da Amadora do PSD pela escolha. Sem confirmar nem desmentir a indicação de Suzana Garcia, o líder da distrital do PSD, Ângelo Pereira, garantiu que a alegada candidata à Câmara da Amadora não é racista.

“Se estou bem informado, a mãe é mestiça e uma avó é negra”, afirmou o líder da distrital laranja, em declarações ao Diário de Notícias.

Ângelo Pereira salientou ainda que Suzana Garcia “tem tido um discurso anti Chega” e manifestou-se convicto de que a advogada “terá recusado” convites do partido de André Ventura para ser candidata autárquica.

A decisão final da candidatura de Suzana Garcia à Câmara Municipal da Amadora compete à direção nacional do PSD, com o presidente Rui Rio a ter a palavra decisiva.

Crítico assumido da atual direção do partido, José Eduardo Martins já brincou com a situação. “1 de abril é só quinta-feira”, escreveu nas redes sociais, numa alusão ao dia das mentiras.

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