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Surto de cólera em Luanda está controlado mas autoridades reforçam medidas de vigilância

O surto de cólera que a província de Luanda enfrenta, com cinco mortos de pelo menos 20 casos, está controlada, declararam hoje as autoridades sanitárias angolanas, porém apelou ao reforço das medidas de vigilância epidemiológicas.

Para abordar o assunto, a Comissão Provincial de Luanda para o combate e prevenção da cólera e malária reuniu-se hoje, tendo avaliado a situação da doença e o Plano de Emergência, que engloba os mecanismos de atuação para prevenir os focos da doença na capital angolana.

A comissão, considerando que a atividade de descarga, compra e venda de peixe no mercado da Mabunda e arredores, localizado no distrito da Samba, “nem sempre é desenvolvida nas melhores condições higiénico-sanitárias” criou um grupo de trabalho multissetorial, para prócer ao levantamento da situação e tomar medidas corretivas para evitar que local seja um possível foco de doenças.

Este mesmo grupo deverá estender a sua ação aos demais mercados e bairros considerados grandes produtores de resíduos sólidos e com baixos níveis de saneamento do meio, como é o caso do Catinton.

Por outro lado, a comissão registou com preocupação a venda indevida do peixe baiacuê, alertando toda a população a abster-se da sua compra e consumo, pois estudos comprovam que o referido produto contém um elemento altamente tóxico e é contraindicado para o consumo humano.

De entre as medidas de vigilância, a comissão orientou igualmente e intensificação das campanhas de sensibilização junto da população para a mudança de comportamentos ligados à higiene pessoal e coletiva, ao tratamento da água para consumo e dos alimentos, ao mesmo tempo que apelou à calma, solicitando a colaboração das igrejas, associações, parceiros sociais e demais entidades.

Aos hospitais e centos de saúde de Luanda foi reforçada a orientação para estarem preparados para o tratamento inicial dos casos suspeitos, ou seja, receber o doente, estabilizá-lo e posteriormente encaminhar paras a unidades de referência, nomeadamente o Hospital Geral de Luanda, Hospital Ana Paula, em Viana, e o Centro de Saúde Dr. Agostinho Neto, no Cazenga.

O surto de cólera eclodiu no bairro Dangereux, município de Talatona, arredores de Luanda, tendo de 23 de junho até agora causado cinco óbitos, como constatou a Lusa naquela zona.

Só desde 23 de junho, o surto da doença já levou ao aumento exponencial de casos de diarreia aguda, de pelo menos 20, acompanhados de vómitos, elevando a cinco o número de óbitos, três dos quais da mesma família, todas no bairro Dangereux.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: AngolaCólera

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