Contra todas as previsões Pastor Maldonado estreou-se a vencer na Fórmula 1 ao ganhar este domingo o Grande Prémio de Espanha, e dando à Williams o seu primeiro triunfo desde 2004.
O venezuelano beneficiou da desclassificação imposta a Lewis Hamilton, que depois de ter sido o mais rápido na qualificação foi relegado para o último lugar da grelha de partida, já que após a realização da melhor marca ficou parado em pleno Circuito da Catalunha, depois do seu McLaren ter ficado sem gasolina e não ter regressado às boxes, como mandam os regulamentos.
Assim o protagonista foi Maldonado, que arrancou na frente mas perdeu o comando para Fernando Alonso no momento da largada. Contudo o sul-americano não se conformou mantendo uma pressão intensa sobre o espanhol da Ferrari.
O momento decisivo da corrida deu-se nos segundos ‘pit stops’, quando o venezuelano da Williams parou duas voltas antes de Alonso, que retardado pela dobragem a Charles Pic perdeu segundos preciosos, permitindo o regresso de Maldonado ao comando.
Alonso ainda tentou uma reaproximação ao sul-americano, mas após as últimas paragens nas boxes a diferença para Maldonado tornou-se irrecuperável, deixando as hostes da Williams completamente em delírio, contrariamente aos fãs espanhóis que encheram as tribunas da pista de Barcelona.
Os Lotus Renault foram sempre os melhores de todos os outros, com Kimi Raikonen a terminar no último lugar do pódio, depois de no seu terceiro pit stop ter aproveitado os seus pneus mais macios para ameaçar a segunda posição de Alonso.
Romain Grosjean completou o bom resultado de conjunto da Lotus, ainda que a sua pior estratégia tenha contribuído para a quarta posição final, bem longe de Kamui Kobayashi, que foi o melhor piloto da Sauber no quinto posto, depois de deixar para trás Nico Rosberg e Mark Webber.
O alemão da Mercedes e o australiano da Red Bull não tiveram uma tarde muito feliz, pois nem com uma penalização a Sebastian Vettel – por desrespeito a bandeiras amarelas – conseguiram terminar entre os seis primeiros, já que o campeão do Mundo acabaria por recuperar terreno e a posição.
As oitava e nona posições dos McLaren espelham as dificuldades sentidas, sobretudo por Jenson Button, já que Lewis Hamilton ainda teve a atenuante de ter que arrancar de trás.
Classificação final
1.º Pastor Maldonado (Williams-Renault) 1h39m09,145s
2.º Fernando Alonso (Ferrari) +3,195s
3.º Kimi Raikkonen (Lotus-Renault) +3,884s
4.º Romain Grosjean (Lotus-Renault) +14,799s
5.º Kamui Kobayashi (Sauber-Ferrari) +1m14,641s
6.º Sebastian Vettel (Red Bull-Renault) +1m17,576s
7.º Nico Rosberg (Mercedes) +1m27,919s
8.º Lewis Hamilton (McLaren) +1m28,100s
9.º Jenson Button (McLaren) +1m25,200s
10.º Nico Hulkenberg (Force India) +1 volta
11.º Mark Webber (Red Bull) +1 volta
12.º Jean-Eric Vergne (Toro Rosso) +1 volta
13.º Daniel Ricciardo (Toro Rosso) +1 volta
14.º Paul Di Resta (Force India) +1volta
15.º Felipe Massa (Ferrari) +1 volta
16.º Heikki Kovalainen (Caterham) +1 volta
17.º Vitaly Petrov (Caterham) +1 volta
18.º Timo Glock (Marussia) +2 voltas
19.º Pedro De la Rosa (HRT) +3 voltas
Campeonato do Mundo
Pilotos
1.º Vettel 61 pontos
2.º Alonso 61
3.º Hamilton 53
4.º Raikkonen 49
5.º Webber 48
6.º Button 45
7.º Rosberg 41
8.º Grosjean 35
9.º Maldonado 29
10.º Perez 22
11.º Kobayashi 19
12.º Di Resta 15
13.º Senna 14
14.º Vergne 4
15.º Hulkenberg 3
16.º Schumacher 2
17.º Massa 2
18.º Ricciardo 2
Construtores
1.º Red Bull 109 pontos
2.º McLaren 98
3.º Lotus 84
4.º Ferrari 63
5.º Mercedes 43
6.º Williams 43
7.º Sauber 41
8.º Force India 18
9.º Toro Rosso 6
