Uma noite de azar para Guarín fez com que o Barça levasse a melhor sobre a formação portista. Faltou coragem ao juiz Bjorn Kuipers para assinalar uma grande penalidade contra os catalães, a 10 minutos do final do encontro.

Na primeira parte o FC Porto não foi em nada inferior ao todo poderoso Barcelona, pelo contrário. A equipa de Vítor Pereira manteve sempre uma boa consistência defensiva enquanto que na frente, Rodriguez, Hulk e Kléber faziam pressão alta para não deixarem os catalães saírem a jogar como tanto gostam. Victor Valdés e o quarteto defensivo foram obrigados a colocar várias vezes a bola fora.

O FC Porto foi mesmo a primeira equipa a criar perigo. Logo aos seis minutos, Abidal corta com o braço remate de Guarin. Livre à entrada da área com Hulk a rematar por cima. Apenas dois minutos depois, Valdés defende para canto bom remate de João Moutinho. Hulk viria a ter nova oportunidade aos 15 minutos com novo livre. O brasileiro rematou contra a barreira.

Do Barcelona, além da circulação de bola habitual, apenas dois lances a destacar no primeiro tempo. Aos 10, Pedro tenta um chapéu a Helton mas a bola sai por cima, e aos 39, o golo. Guarín sai mal a jogar, mete-se no meio de três jogadores do Barcelona e atrasa a bola para Helton, onde estava Messi. O argentino ultrapassou com classe o guardião portista e fez o primeiro da noite.

Pouco tempo depois, apito para o intervalo do árbitro Bjorn Kuipers. Sem contar com o erro de Guarin, o FC Porto fez uma primeira parte perfeita.

Na segunda metade, a formação de Vítor Pereira manteve-se firmemente na parte defensiva. No ataque, começava-se a perceber que o trio Hulk, rodriguez e Kléber não tinha pernas para os 90 minutos.

O que não se percebe é claramente a decisão da UEFA ao colocar dois árbitros nas linhas de fundo. Aos 80 minutos, lance para grande penalidade na área do Barcelona. Guarin é derrubado por Abidal. O fiscal, a meia dúzia de metros, nada assinalou.

O Barcelona acabaria por chegar ao segundo por Fàbregas, entrado para o lugar de Pedro. Passe picado de Messi para as costas da defesa azul e branca, e finalização com classe do internacional espanhol. Dois a zero, final do jogo.

Os catalães conquistam assim a quarta Supertaça Europeia, depois de terem vencido a de Espanha, frente ao Real Madrid. O FC Porto conquista moral e sai com um sentimento de que podia trazer mais qualquer coisa do Mónaco.