O Benfica venceu o Rio Ave, num jogo disputado no Estádio Municipal de Aveiro, neste domingo. Depois de um persistente 0-0, que se manteve até às grandes penalidades, as águias levaram a melhor, graças a Artur, o mal amado guarda-redes que defendeu três penáltis.
O Municipal de Aveiro vestiu-se de encarnado para receber o jogo de atribuição do primeiro troféu da época, ainda que relativo à temporada passada: a Supertaça coloca frente a frente o campeão nacional e o vencedor da Taça de Portugal – ou, neste caso, o finalista vencido, uma vez que o Benfica conquistou os dois troféus.
O jogo foi dominado pela equipa de Jorge Jesus. Apesar da propalada debandada de jogadores, a verdade é que o treinador encarnado apenas colocou no onze dois elementos que entraram no plantel: Eliseu e Talisca.
Muito rematador, mas pouco eficaz, o Benfica encostou o conjunto de Vila do Conde às cordas. E a estratégia do técnico Pedro Martins em apostar no contra-ataque esbarrou, quase sempre, na pressão alta encarnada, com Enzo a destacar-se e com Ruben Amorim a jogar (bem) na posição seis.
O desgaste da equipa do Rio Ave foi ‘amigo’ das águias, que só não saíram para o intervalo a vencer por culpa de um Cássio inspirado e, acima de tudo, de um ataque pouco certeiro. O Benfica mostrou-se tão rematador como ineficaz.
A segunda parte trouxe mais do mesmo, ainda que os verde e brancos tenham conseguido libertar-se da pressão do campeão nacional, que perdeu força com o cansaço de Salvio e Gaitán, sobretudo.
Artur foi poucas vezes chamado a intervir e quando o fez quase ofereceu o golo ao Rio Ave, numa finta proibida perante dois adversários. O lance irritou a bancada – quase toda benfiquista, com 2000 exceções à regra.
O marcador não sofreu alterações, nem neste lance, nem em toda a partida. E só na segunda parte do prolongamento a equipa de Pedro Martins foi capaz de equilibrar o jogo (apesar do cansaço acumulado na pré-eliminatória da Liga Europa, que os vilacondenses tiveram de disputar na quinta-feira).
Artur ainda teve tempo para voltar a errar, numa tentativa falhada de retirar a bola da pequena área. Jardel acaba surpreendido e remata na trave da própria baliza, naquela que foi a maior oportunidade de golo do jogo.
Mas o guarda-redes do Benfica viria a redimir-se. Foi graças a Artur que o Benfica conquistou esta Supertaça. O guardião defendeu três grandes penalidades, mais do que suficientes para que o campeão conquistasse o quinto troféu da sua história.
Enzo abre portas de saída
No final do jogo, o argentino Enzo Perez foi confrontado com a hipótese de deixar a Luz e afirmou que ainda não sabe se fica. “Para já, quero apenas desfrutar deste troféu”, disse também, evitando mais questões.
Pelo contrário, Gaitán foi menos evasivo. “Tenho contrato com o Benfica e quero cumpri-lo”, afirmou o argentino, que parece estar de pedra e cal nas águias.
