Há mais uma queixa contra Supernanny, o polémico programa da SIC. Desta vez, a contestação partiu do Instituto de Apoio à Criança (IAC).
Dulce Rocha, presidente do IAC, exige que a Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) tome medidas contra um formato que leva as crianças a sentirem que “deixam de estar protegidas”.
Supernanny é, segundo a queixa do IAC, uma “violação do direito da criança à sua imagem e à intimidade da sua vida privada”.
“Isto não é bom nem para as crianças que participam, que se sentem humilhadas, nem para as outras, porque se sentem mais vulneráveis, porque a sua intimidade pode ser posta em causa em qualquer momento”, argumentou Dulce Rocha.
A presidente do IAC apelou ainda a outras instituições para se unirem na contestação ao programa da SIC.
Supernanny ficou envolto em polémica logo após a transmissão do primeiro episódio, com a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens (CNPDPCJ) a falar num “elevado risco” de “violar os direitos das crianças”, nomeadamente a reserva da vida privada.
Na resposta, a SIC tem alegado que “a vertente pedagógica” do formato, em exibição em 15 países, “é fundamental para um debate necessário e alargado à sociedade portuguesa sobre questões como a educação familiar e a parentalidade”.
Segundo a CNPDPCJ, foram formalizadas 21 queixas contra Supernanny.
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