A questão das “raças perigosas” é a polémica do momento na Dinamarca, depois de um suicídio. Dan tomou comprimidos depois das autoridades lhe retirarem Zanto, um pitbull que foi abatido porque o dono falhou em provar que não pertencia a uma “raça perigosa”.

Um dinamarquês de 27 anos suicidou-se depois das autoridades lhe retirarem o cão, Zanto, para ser abatido.

O caso tem vindo a agitar o país e a questão das “raças perigosas” tornou-se num dos principais temas da agenda política dinamarquesa.

Na Dinamarca existe, deste 2010, uma lista que restringe determinadas raças. O caso dos pitbulls e dos tosa inus é ainda mais agravado, uma vez que ninguém pode ter um cão desta raça.

Quando as autoridades souberam que um cidadão, Dan, tinha um cão de raça pitbull intimaram-no a provar que tinha criado o mesmo desde o nascimento, uma das poucas condições que permite ‘escapar’ à apertada lei das “raças perigosas”.

Só que Dan teve apenas oito dias, prazo que não conseguiu cumprir e que levou a polícia a apreender-lhe Zanto, que foi posteriormente abatido.

De acordo com vários jornais dinamarqueses, Dan morreu de overdose após saber da eutanásia do cão, tomando comprimidos para dormir.

“Zanto (o cão) foi arrancado dos braços de Dan porque parecia-se com um cão de uma raça proibida ou uma mistura de raças perigosas. Zanto nunca fez nada de mal, era um cão bom, dedicado e feliz. O dono teve oito dias para provar que tinha criado Zanto, mas todos sabemos como esse trabalho não é possível de comprovar. Isso rebentou com o coração de Dan e este escolheu a opção de tirar a própria vida”, escreveu a Foreningen Fair Dog Fan Side, uma das mais populares páginas dinamarquesas ligadas a cães no Facebook.

Por envolver um suicídio, a tragédia de Zanto fez o assunto das “raças perigosas” regressar à agenda política na Dinamarca.

As associações pelos direitos dos animais já reivindicaram que a lista de “raças perigosas” não contribuiu em nada para diminuir o número de ataques por cães no país.