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Suíça autoriza doação de sangue de homossexuais e bissexuais

Foi hoje aprovado pelas autoridades suíças a doação de sangue de homossexuais e bissexuais, uma proibição imposta há 40 anos, mas mantêm a interdição aos que tenham tido relações sexuais nos 12 meses anteriores.

De proibição total para “suspensão temporária”, a Suíça está agora no mesmo patamar que outros países europeus, como França, Portugal e Reino Unido.

Desde a descoberta do vírus de imunodeficiência humana, VIH, no princípio dos anos 1980, vigorava em diversos países a proibição de doação de sangue de homossexuais e bissexuais. Na Suíça, esta proibição foi imposta em 1977, antes da descoberta do vírus.

Após um pedido apresentado pelo departamento da Cruz Vermelha, responsável por produtos sanguíneos, a Agência Suíça para os Produtos Terapêuticos (Swissmedic), uma entidade reguladora federal, aprovou a nova mudança.

A Swissmedic, em comunicado, informou que os homossexuais e bissexuais ainda representam um risco desproporcionado de contrair o VIH, correspondendo a cerca de metade de todos os novos casos no país.

No entanto, as orientações sexuais “não vão aumentar o risco dos recetores de transfusões de sangue”, garantiu a entidade, acrescentando que os progressos tecnológicos nas análises clínicas permitem detetar com mais facilidade agentes infecciosos.

A única condicionante existente é que quem quiser doar sangue, não pode ter tido relações sexuais nos 12 meses anteriores, pelo que a honestidade dos doadores é fundamental. A Swissmedic pede às pessoas que respondam sinceramente ao questionário obrigatório para todos os dadores.

Rudolf Schwabe, diretor do departamento da Cruz Vermelha responsável por produtos sanguíneos, afirma que as orientações correspondem a “uma primeira mudança num regulamento discriminatório”, mesmo que esteja “longe de ser perfeita”.

As novas regras entram em vigor a 1 de julho.

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