O Sudão do Sul anunciou hoje que vai renegociar o acordo petrolífero com o Sudão, estando incapaz de cumprir os termos da indemnização de 3.000 milhões de dólares (2.700 milhões euros) prevista após a sua secessão em 2011.
Em 2012, Sudão do Sul e Sudão assinaram um acordo no qual Juba se comprometeu a pagar aquele montante depois de ganhar a independência e 70 por cento dos campos petrolíferos anteriormente explorados por Cartum.
O ministro do Petróleo do Sudão do Sul, Awou Daniel Chuang, afirmou que o seu país pagou já 2.400 milhões de dólares (2.180 milhões de euros), mas que não está em condições de entregar o valor restante até dezembro.
“À medida que o contrato se aproxima do seu fim, devemos ser capazes de adiar [o prazo], porque já não podemos operar num vácuo [legal]. É este acordo que rege a compensação que pagamos ao Sudão”, afirmou o ministro, citado pela agência France-Presse.
O responsável acrescentou que as discussões para o adiamento do prazo terão início no final deste mês e uma equipa do Sudão do Sul já está em Cartum para negociar esta questão.
Para saldar a compensação prevista, serão retirados 15 dólares por cada barril de petróleo bruto extraído do Sudão do Sul, que é depois refinado no Sudão, explicou Chuang.
Devido ao longo conflito em território sul-sudanês, a produção petrolífera sofreu quebras, levando a um incumprimento do acordo.
O Sudão do Sul, com maioria de população cristã, obteve a sua independência ao separar-se do Norte árabe e muçulmano em 2011. No entanto, a partir do final de 2013, o país entrou num conflito civil, provocado pela rivalidade entre o Presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-presidente, Riek Machar.
As partes formaram um Governo de unidade nacional em 2016, que caiu poucos meses após a formação devido a um reinício da violência, tendo essa sido a primeira tentativa de pacificação do jovem país africano.
O acordo para a criação de um Governo unitário com os rebeldes, aprovado em setembro do ano passado, foi o mais recente de uma série de acordos entre o executivo de Salva Kiir e os rebeldes liderados por Machar desde o início de uma guerra civil, em 2013.
Desde o início do conflito, a guerra civil sul-sudanesa matou dezenas de milhares de pessoas, deslocando cerca de quatro milhões, e arruinando a economia do jovem país rico em petróleo.
O estalar do conflito feriu fortemente a capacidade de produção petrolífera do Sudão do Sul, que então alcançava os 350.000 barris diários.
Desde a assinatura deste acordo, a produção diária de petróleo bruto aumentou de 135.000 barris para 178.000.
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