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Sucessão de Mugabe é centro de eleições no Zimbabué

Mais de cinco milhões de eleitores são chamados segunda-feira às urnas para eleger o próximo Presidente do Zimbabué, nas primeiras eleições desde a demissão do antigo chefe de Estado Robert Mugabe, que governou o país durante 37 anos.

O Presidente da República do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, e o líder da oposição, Nelson Chamisa, vão a votos nas primeiras eleições presidenciais após a demissão de Robert Mugabe que em novembro de 2017 foi obrigado a demitir-se na sequência de um golpe de força do Exército.

O chefe de Estado zimbabueano, Emmerson Mnangagwa, de 75 anos, lidera o partido União Nacional Africana do Zimbabué-Frente Patriótica (ZANU-PF, na sigla inglesa) e chegou ao poder com o apoio dos militares em novembro de 2017.

Nelson Chamisa líder do Movimento para a Mudança Democrática (MDC-T, na sigla inglesa) é o principal opositor de Mnangagwa.

O político de 40 anos sucedeu Morgan Tsvangirai que morreu em fevereiro vítima de doença prolongada.

Nestas eleições presidenciais concorrem Ambrose Mutinhiri da Frente Patriótica Nacional, Thokozani Khupe, vice-primeira-ministra do Zimbábue de fevereiro de 2009 a agosto de 2013 e líder do partido Movimento para a Mudança Democrática (MDC-T, na sigla inglesa), Noah Manyika do partido Construir a Aliança do Zimbábue, Dumiso Dabengwa líder da União do Povo Africano do Zimbabué (ZAPU, na sigla inglesa), Elton Mangoma da Coligação de Democratas (CODE, na sigla inglesa), Joice Mujuru do partido Coligação Arco-íris do Povo e Nkosana Moyo da Aliança para a Agenda do Povo.

O Presidente é eleito por maioria absoluta de votos através de um sistema de duas voltas para cumprir um mandato de 05 anos.

Segundo o portal de notícias African Arguments, a segunda volta presidencial realiza-se a 08 de setembro se nenhum candidato obtiver mais de 50 por cento na primeira volta.

Nas últimas eleições presidenciais, em 2013, Robert Mugabe foi reeleito, na primeira volta, com 61 por cento dos votos.

O gabinete do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos exortou na terça-feira para que as eleições no Zimbabué sejam feitas num ambiente tranquilo e respeitando os direitos humanos e o Estado de direito.

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