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Submarinos: Ministério Público suspeita de influência de Paulo Portas no depósito em conta do CDS

paulo portasO polémico negócio dos submarinos reemergiu: o Ministério Público admite ter “suspeitas” quanto à origem do depósito realizado numa conta do CDS cerca de um ano depois de Paulo Portas ter adjudicado o contrato, segundo avança hoje o DN.

O Ministério Público (MP) estará a investigar uma relação de causalidade entre a compra pelo Estado de dois submarinos, adjudicada pelo então ministro da Defesa Paulo Portas, e o depósito no valor de um milhão de euros numa conta do CDS. A revelação é feita hoje pelo Diário de Notícias, com base em alegadas cartas rogatórias que o Departamento Central de Investigação e Ação Penal terá enviado para Inglaterra e Suíça.

O caso remonta a 2004, ano em que o agora ministro dos Negócios Estrangeiros adjudicou, na tutela da Defesa, a compra de dois submarinos por parte do Estado. No ano seguinte, um depósito no valor de um milhão de euros numa conta do CDS levanta “suspeitas” junto do MP, que estaria a investigar outros dois movimentos suspeitos: um de 30 milhões para a Escom (empresa do grupo Espírito Santo que assessorou a MAN Ferrostaal, que vendeu os navios) e outro de 1,7 milhões a Rogério d’Oliveira (enquanto consultor da empresa alemã).

“Foram recolhidos elementos que indiciam a existência de uma relação entre aqueles depósitos e a outorga pelo ministro da Defesa Paulo Portas dos contratos de submarinos e contrapartidas”, terá sublinhado o DCIAP, segundo o DN, quando no ano passado enviou uma carta rogatória ao Serious Fraud Office, do Reino Unido.

Este depósito de um milhão de euros numa conta do CDS também foi referido durante o processo Portucale, altura em que Paulo Portas, na qualidade de líder do partido, justificou a entrada do dinheiro como proveniente de ações de angariação de fundos.

Segundo o DN, o ministro terá recusado comentar a notícia que hoje foi publicada.

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