O Spotify quer saber o que tens no teu smartphone, quer saber os teus gostos, saber o que andas a fazer para, posteriormente, te oferecer conteúdo adequado.
Esta forma de marketing (é para isso que serve este tipo de espionagem) está a gerar muita controversa e a levantar muitas questões sobre a privacidade dos utilizadores.
A revista ‘Wire’ usou uma expressão para se referir a esta pretensão do spotify: “Como um ex-namorado invejoso, o Spotify quer ver (e obter) as tuas fotografias e saber com quem estás a falar”.
Em causa estão alterações recentes na política de privacidade do serviço. Por enquanto, esta alteração só terá impacto no Reino Unido e na América, mas tal medida deve chegar também a outros países.
O Spotify quer a autorização dos utilizadores para ter acesso a fotografias, contacto e outros dados dos smartphones de cada utilizador. Apesar disso, a marca diz que a segurança dos dados dos utilizadores continua a ser uma prioridade alta para o Spotify.
A polémica estalou quando Markus Persson – criador do Minicraft – publicou no Twitter do Spotify um comentário a mostrar o seu desagrado por esta medida.
O presidente do Spotify, Daniel Ek, apressou-se a responder para ‘desfazer’ algum inequívoco, dizendo que houve uma falha na forma como a comunicação sobre a alteração às políticas de privacidade foram feitas.
“Devíamos ter feito um trabalho melhor a comunicar o que significam estas políticas e como qualquer informação que se escolha partilhar será – e não será – utilizada”.
Segundo Daniel Ek, esta alteração à política de privacidade, serve, sobretudo, para saber quais os gostos dos utilizadores com o intuito de oferecer um serviço melhor e cada vez mais personalizado. O mesmo realça o facto de ser o utilizador a aceita, ou não, estes termos.