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Sparky incendeia relações entre bombeiros da Figueira da Foz

sparky O cão dos Bombeiros da Figueira da Foz está na origem da polémica com os Bombeiros da Figueira da Foz. Os Voluntários acusam os Municipais de terem “enfiado” o Sparky no canil, o que levou os Municipais a recomendarem aos Voluntários que comprem uma coleira para o cão.

Sparky, o cão dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz (BVFF), desapareceu no sábado, sendo encontrado poucas horas depois. Só que um comentário do presidente da Associação Humanitária dos BVFF, Lídio Lopes, criticou quem encontrou o cão por o ter entregue no canil, mesmo sabendo a quem pertencia. E quem encontrou foram os Bombeiros Municipais da Figueira da Foz (BMFF).

“Não posso nem quero deixar de fazer nota. O extraordinário é o Sparky ter sido entregue ontem nos Bombeiros Municipais e os ‘nossos camaradas’ o terem enfiado no canil municipal. Não me parece bem”, criticou Lídio Lopes, no Facebook dos BVFF, lembrando ter sido ele quem deu “o Ferrão aos Municipais”.

“Quem não sente não é filho de boa gente e a nossa preocupação poderia ter sido resolvida logo ontem”, continuou o presidente da associação: “espero que o sr. cmdt dos bombeiros municipais faça uma visita guiada com os seus homens ao nosso quartel, para que nos conheça a todos, porque todos somos um só, até nas nossas mascotes. Não correu bem, é a minha opinião e a desculpa de que não o conhecíamos pode servir, não é para mim”.

As críticas levaram o visado, Nuno Osório, a reagir no Facebook dos BMFF.

“Durante o piquete de serviço de sábado 08h00/20h00, foi entregue neste quartel um cão de grande porte raça Serra da Estrela, dócil, encontrado por uma senhora na Chã, a quilómetros, do quartel dos BVFF. O chefe de serviço António Piedade chamou de imediato o bombeiro David Maciel que habita no mesmo lugar a questionar se conhecia o cão ou o dono do mesmo, o que prontamente foi negado, associando-o ao lugar e nunca lhe passando pela ideia o cão ser dos BVFF”, esclareceu o comandante dos BMFF.

No mesmo “direito de resposta”, Nuno Osório acrescentou: “perante tal facto, e como todos os cães e gatos que são canalizados para este Corpo de Bombeiros, alguns orientados pelos BVFF, foi cumprido o protocolo, de acordo com o veterinário municipal que fazemos com todos os animais”.

O comandante dos Municipais frisou que “o Sparky não possuía coleira nenhuma, muito menos com identificação”, e alegou ter telefonado para Lídio Lopes antes de ler o comentário no Facebook dos Voluntários.

“Pensando eu que o nosso telefonema tinha esclarecido esta questão, qual o meu espanto quando sou avisado hoje desta sua publicação, posterior ao telefonema”, lamentou Nuno Osório, que concluiu o texto deixando “um louvor” a Tó-Mané “pelo desempenho exemplar do piquete de serviço, aliás, a todos os bombeiros municipais”.

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