Sozinha, uma mãe holandesa enfrentou o Estado Islâmico. Sem apoio das autoridades, a mulher foi à Síria para resgatar a filha, que se tinha casado com um jihadista e queria fugir. Ao escaparem pela Turquia, foram detidas por não terem com elas os passaportes.
A história de Monique foi contada ao The Telegraph e agora está a tornar-se viral.
Sozinha, esta mulher enfrentou o Estado Islâmico (ISIS, na sigla internacional), o grupo terrorista que está a conquistar território na Síria e no Iraque.
“Às vezes temos que fazer o que temos de fazer”, explicou-se Monique, citada pelo jornal britânico, concluindo: “É o que acho que está certo”.
O caso teve início quando a filha, Aicha, se converteu ao Islão, com 18 anos, e se casou com um holandês que, mais tarde, foi reforçar as tropas do ISIS na Síria.
Há cerca de um mês, Aicha conseguiu falar com a mãe, através do Facebook, e pediu-lhe ajuda para regressar a casa.
Monique, natural de Masstricht, contactou a polícia e as autoridades holandesas, que a aconselharam a ficar quieta: seria demasiado perigoso tentar resgatar a jovem.
Sem apoio oficial, a mulher resolveu ir sozinha até Raqqa, no território sírio conquistado pelo ISIS, para resgatar a filha.
Vestindo uma burca, Monique conseguiu infiltrar-se entre os jihadistas e aproximar-se de Aicha, fazendo com que ambas fugissem da Síria, pela fronteira com a Turquia, e regressassem a casa.
“É incrível como conseguiu encontrar e trazer a filha de volta”, reconheceu o advogado da família, citado pelo The Telegraph.
Mas a história desta ‘mãe coragem’ ainda não terminou: ao atravessarem a fronteira, foram detidas pelas autoridades turcas, uma vez que nenhuma delas estava na posse do passaporte.
A grande vantagem é que, agora, as autoridades holandesas assumiram a condução do processo, negociando o regresso a casa ainda durante esta semana com a Turquia.