Nas Notícias

Sousa Tavares: “António Costa desistiu de governar”

No artigo deste sábado da habitual coluna do semanário Expresso, Miguel Sousa Tavares escreve que “António Costa desistiu de governar, desistiu de seguir o programa político”. No artigo, intitulado de “A grande ilusão”, o comentador defende também que o primeiro-ministro se “rendeu à FENPROF”.

Na nota introdutória do artigo, Sousa Tavares situa o momento em que “António Costa desistiu de governar” na madrugada da última sexta-feira para sábado, defendendo, também, que o primeiro-ministro “desistiu de seguir o programa político que propôs aos portugueses” e que passou do seu cargo para um “simples equilibrista político”.

O comentador refere também que, nessa madrugada, “ao desautorizar pessoalmente os ministros das Finanças e da Educação, obrigando-os a ceder mais uma vez à FENPROF, António Costa abdicou de qualquer ideia de futuro sustentável que possa ter para o país”.

Essa ideia, no entender de Sousa Tavares, foi substituída por uma “simples estratégia de sobrevivência no poder, pronto a ceder, passo a passo, ponto por ponto, milhão por milhão, tudo o que os seus insaciáveis aliados do Governo vão exigir, além de tudo o que já obtiveram”.

“Em especial após as autárquicas – onde o eleitorado de esquerda disse que as partes dispensáveis da coligação eram o BE e o PCP – António Costa deixou-se armadilhar pelo absurdo paradoxo de, em lugar de tirar partido da posição de força em que saiu das eleições, acabar antes a servir de boia de salvação aos seus parceiros, deixando-os continuar a vender um saco de promessas e de ilusões sem fim e a fantasiosa versão de que todas as melhorias económicas se devem a eles e às suas imposições”, escreveu o comentador.

Por mim, Sousa Tavares refere que António Costa, “quanto se rendeu à FENPROF”, mostrou “não ter aprendido nada com o que já ficou para trás”.

“Na política, como na vida, quando se cede uma vez a uma chantagem, vai ceder-se sempre”, terminou.

 

 

Em destaque

Subir