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Sondagem: Sarkozy ‘aproxima-se’ de Le Pen e afasta-se de Hollande

nicolas_sarkozy1De acordo com uma sondagem sobre as presidenciais francesas, Nicolas Sarkozy está a perder terreno para François Hollande, o seu adversário da segunda volta das eleições. A estratégia de aproximação a Marine Le Pen, para cativar os votos da extrema-direita, pode custar a derrota de Sarkozy. O fosso entre os dois candidatos atinge quase 10 por cento de intenções de voto.

Uma nova sondagem sobre a intenção de voto dos franceses na segunda volta das eleições presidenciais em França – realizada após o debate televisivo de anteontem, entre os dois candidatos – coloca Sarkozy mais longe de François Hollande e, o seu adversário.

De acordo com esta auscultação, 54,5 por cento dos eleitores afirma que irá votar em François Hollande, sendo que 45,5 por cento aponta Nicolas Sarkozy como seu preferido. Este estudo de opinião surge após o frente a frente televisivo do início de campanha.

Nicolas Sarkozy e François Hollande debateram medidas de combate à crise, sendo que Hollande defende a renegociação do pacto orçamental europeu, ao contrário de Sarkozy, que opta por manter esse acordo, apontando como prioridade a redução da dívida.

Hollande pretende uma rutura com a aliança franco-alemã, criticando a subserviência de todos os países da União Europeia à política da chanceler. “Angela Merkel irá certamente contestar as minhas decisões, mas numa negociação é isto que sucede… E não é a Alemanha que vai decidir pela Europa”, acusou François Hollande .

A cerca de uma semana das eleições presidenciais, François Hollande está à frente nas sondagens, mas não assume qualquer vantagem, relativamente a Sarkozy. “Nada está decidido, ainda. Só depois de os franceses se pronunciarem nas urnas é que podemos cantar vitória”, refere, ainda que se dia “pronto” para exercer o cargo e suceder a Sarkozy.

Por seu turno, Nicolas Sarkozy dá seguimento à sua cruzada de cativar os votos dos eleitores que votaram em Marine Le Pen. “Há 6,5 milhões de franceses que votaram em Marine Le Pen e não são de extrema direita. E não votaram em Le Pen como protesto. Foi um voto de crise ou se simpatia pelas ideias de Le Pen”, diz.

Esta estratégia não está a produzir grandes resultados, a julgar pelo mais recente estudo de opinião. No entanto, ainda nada está decidido e as diferenças das sondagens estão longe de ser conclusivas.

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