Economia

Sondagem mostra consumidores pessimistas e a adiar compras de valor (UE)

dividasSondagem da Consumer Climate Europe indica que os consumidores portugueses estão inquietos, em contraste com o otimismo registado na primavera, sentimento que se verifica em toda a Europa. As persistentes notícias das crises da dívida na Grécia levam a que as compras de valor fiquem em agenda. Estudo foi realizado em 12 países.

Confrontados com o debate sobre o plano de ajuda à Grécia e com o agravamento da crise da dívida em França e na Itália, os consumidores europeus revelam-se “mais uma vez inquietos”, revela o estudo. Segundo este estudo GfK Consumer Climate Europe – “que oferece uma panorâmica geral da evolução das expetativas económicas, de preços e rendimentos” –, verifica-se que há uma inversão de sentimento, em comparação com a primavera passada.

Do otimismo passou-se para a apreensão. O prolongamento da crise deu lugar a receios. Se há uns meses os consumidores consideravam que a crise era passageira, agora apresentam mais dúvidas e temem que a mesma se prolongue por tempo indeterminado.

No segundo trimestre, “a recessão parecia ter ultrapassado o seu ponto mais baixo na Europa, as economias da maioria dos países europeus pareciam começar a recuperar da recessão mais profunda desde a Segunda Guerra Mundial e os resultados económicos de muitos países voltaram pela primeira vez a uma ligeira tendência para subir”.

No entanto, “os debates sobre mais ajuda e garantias de empréstimo para a Grécia voltaram a desestabilizar seriamente” os consumidores europeus, neste verão. Em resultado do seu elevado nível de endividamento, a Itália e a França estão em risco de ver as notações de crédito revistas em baixa pelas principais agências de notação de risco.

O crescimento económico nos maiores países europeus não é tão forte como os peritos tinham previsto na primavera. Apenas a Alemanha continua a registar resultados económicos extremamente bons, mas até mesmo aqui as expetativas de crescimento sofreram recentemente um declínio acentuado.

“A forma como a UE irá abordar a crise grega durante as próximas semanas e os custos gerados por essa abordagem para os países individuais constituirão certamente um fator decisivo para determinar se os consumidores europeus irão começar a acreditar, de novo, na recuperação económica da Europa e com que rapidez o irão fazer”, refere o estudo.

O estudo avaliou a disposição dos consumidores de Portugal, Alemanha, Áustria, Bulgária, Espanha, França, Grécia, Itália, Polónia, República Checa, Roménia e Reino Unido. Estes 12 países representam cerca de 80 por cento da população total dos 27 países membros da União Europeia.

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