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Sondagem da Cruz Vermelha revela que a população mundial está mais recetiva à tortura

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) realizou um inquérito em 16 países, ao qual responderam mais de 17 mil pessoas, em zonas que se encontram atualmente em conflito.
O inquérito revelou que mais de metade da população mundial começou a aceitar o recurso à tortura nos conflitos, notando-se uma subida acentuada face a uma sondagem semelhante de há 20 anos.

Para além disto, foi possível perceber que a maioria dos inquiridos pensa que os conflitos deveriam acontecer segundo regras internacionais que interditassem os ataques contra zonas habitadas, hospitais, pessoal médico e escolas.

Da percentagem total de inquiridos, 48 por cento condenam a tortura dos combatentes inimigos interrogados para obter informações militares importantes. Por outro lado, 36 por cento consideram que deveria ser autorizada este tipo de tortura.

Peter Maurer, presidente da Cruz Vermelha Internacional, numa declaração citada pela agência France Press, considera que “os resultados do inquérito mostram que temos que reafirmar com força uma regra fundamental: a tortura é interdita sob todas as formas”, defendendo que todas as pessoas devem ser tratadas com humanidade, mesmo que estejam sob conflito.

Esta foi a sondagem mais vasta realizada pela Cruz Vermelha, que decorreu entre junho e setembro em países envolvidos em conflitos, nomeadamente no Iraque, Nigéria e Sudão do Sul, assim como em cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas: Estados Unidos, China, Reino Unido, Rússia e França.

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