As petrolíferas angolana Sonangol e italiana ENI assinaram hoje uma adenda ao contrato de exploração conjunta do Bloco 15/06, em que se acrescentam 400 metros quadrados ao perímetro de perfuração para oeste do local principal, indica uma nota oficial.
Segundo um comunicado da ENI, a adenda ao acordo está em linha com a estratégia da petrolífera italiana de aumentar as atividades de exploração em Angola, sobretudo na procura de novos poços próximo dos que já existem.
A assinatura da adenda ocorreu numa altura em que está em Angola o presidente do conselho de administração da ENI, Claudio Descalzi, que, entretanto, já se reuniu, de manhã, com o chefe de Estado angolano, João Lourenço, para analisar as atividades operacionais da petrolífera italiana no país, bem como estudar novas iniciativas.
Após a descoberta de um novo poço, o de Kalimba, a 01 de junho deste ano, a ENI acelerou o programa de exploração e já começou as atividades de perfuração em quatro locais predefinidos.
No caso de as atividades no Kalimba serem bem-sucedidas, esta estratégia irá permitir acelerar o desenvolvimento de sinergias com as infraestruturas já existentes, reduzindo significativamente custos e tempo, refere a ENI no documento.
As expectativas para os próximos meses com as novas operações no bloco de Kalimba passam por um aumento da produção de mais de 50.000 barris de petróleo/dia, que poderá atingir um pico de 170.000 no início do próximo ano,
O Bloco 15/06, detido pela Sonangol P&K (36,84 por cento), ENI Angola SpA (36,84 por cento) e pela SSI (26,82 por cento), está localizado 350 quilómetros a noroeste de Luanda e 135 quilómetros a oeste do Soyo (norte), em águas profundas, que variam entre os 200 e os 1.800 metros.
A parceria da ENI com a Sonangol inclui também outras atividades, como na assistência técnica para melhorar a eficiência da Refinaria de Luanda, bem como o apoio ao desenvolvimento de outras refinarias (Lobito e Soyo) e ainda projetos de exploração de gás e de energia renovável.
A ENI está em Angola desde 1980.