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“Somos um dos países que mais depressa controlaram a terceira vaga”, diz Pedro Simas

A descida “abrupta” dos novos casos de covid-19 levou o virologista Pedro Simas a considerar que Portugal está a ser dos melhores no controlo da terceira vaga.

Com o número de casos novos a descer dos 12 890 a 28 de fevereiro para 7279 a 6 de fevereiro, o virologista do Instituto Molecular da Universidade de Lisboa realçou que o confinamento está a dar resultado.

“Fomos dos melhores do mundo no primeiro confinamento, os piores na origem da terceira vaga e vamos ser um dos países do mundo que mais depressa conseguiram controlar a terceira vaga porque de facto houve uma adesão fantástica ao confinamento e o resultado está à vista”, afirmou.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Simas insistiu na importância do cumprimento das regras sanitárias (uso de máscara e distanciamento social) para a quebra das cadeias de transmissão de um vírus que se transmite por gotículas.

“Isto era perfeitamente previsível e dependia do bom comportamento e adesão ao confinamento total e o que eu vejo é que houve uma adesão fantástica e o resultado está a vista porque a biologia é factual. Se não houver contactos e as pessoas aderirem às regras, os vírus não se conseguem transmitir. Está nas nossas mãos. É por isso que a curva de decréscimo é tão abrupta”, insistiu.

O confinamento “está a ser tão bem executado” que os resultados tornaram-se visíveis em apenas duas semanas, com “um decréscimo significativo no número de mortes”.

“A 31 de janeiro tínhamos em média 288 mortes nos últimos sete dias e agora temos 253. Há aqui também aqui uma tendência e isto significa que temos bons serviços de saúde e apesar das dificuldades o Serviço Nacional de Saúde está a ter um bom desempenho. Só temos motivos para estar orgulhosos”, reforçou.

O virologista considerou que o encerramento das escolas “foi determinante” para o controlo da terceira vaga, “porque é uma mensagem clara para a sociedade portuguesa”. “Quando se fecha as escolas é porque o assunto é sério”, explicou.

Agora, é preciso que a sociedade perceba que, quando se iniciar o desconfinamento, não poderá voltar a facilitar.

“Já percebemos a dinâmica do vírus. Como se consegue controlar? Aderindo às regras de distanciamento físico, ao uso da máscara e inibindo ao máximo os contactos desnecessário”, finalizou.

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