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Solidão é o mundo para 60 por cento dos idosos em Portugal

Cerca de 400 mil idosos vivem sozinhos, segundo indica o Instituto Nacional de Estatística, numa altura em que se repetem as mortes desta população devido à falta de acompanhamento e numa altura em que o frio mata a população mais vulnerável: precisamente os idosos.

Mais de 1,2 milhões de idosos vivem sozinhos ou em companhia de outros idosos, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística, reforçando o número com o aumento de 20 por cento registado na última década.

Estes dados foram obtidos após a análise dos Censos 2011, segundo os quais 400.964 idosos vivem sozinhos e 804.577 residem exclusivamente com outras pessoas com 65 anos ou ainda mais velhas, o que corresponde a cerca de 60 por cento da população idosa em Portugal. As pessoas na terceira idade que vivem sozinhas ou na companhia de outros idosos subiram de 942.594 (dados do Censos 2001) para 1,2 milhões em 2011. Um aumento de 28 por cento, documentado pelo INE.

A tendência é geral em todo o país, embora algumas regiões tenham puxado a média de idosos em solidão para cima, nomeadamente Lisboa e Alentejo (subida de 22 por cento) e Algarve (21 por cento). Já o Norte e os Açores, com uma subida de 17 por cento, foram as regiões com menor percentagem de idosos sem companhia.

Portugal envelheu muito na última década, com o número de cidadãos acima dos 65 anos de idade a subir para 2,023 milhões, correspondente a cerca de 19 por cento da população residente em Portugal. Esta subida, analisou o INE, significa que o número de idosos subiu 19 por cento entre as duas operações censitárias.

É no Norte que se encontra a maior percentagem de população idosa, correspondendo a 31 por cento do total. Seguem-se o Centro e a região de Lisboa, com cerca de 26 por cento, Alentejo (9,1), Algarve (4,4), Madeira (2) e Açores, onde os idosos representam 1,6 por cento da população.

No campo habitacional, 20 por cento dos alojamentos têm idosos como únicos residentes, o que significa uma subida de 28,3 por cento na última década. Em 10 por cento dos alojamentos portugueses existe um só residente: um idoso.

“O aumento da esperança média de vida, a desertificação e a transformação do papel da familia nas sociedades modernas terão, certamente, contribuído para explicar as mudanças observadas e as diferenças que se verificam entre as regiões”, justificou o INE.

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