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Sócrates preparado para eleições antecipadas

Primeiro-ministro argumenta que o chumbo do novo Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC) “provocará uma crise política”. José Sócrates diz que se recandidatará, num cenário de eleições antecipadas.

Para um líder de oposição duro, um primeiro-ministro firme. José Sócrates respondeu às palavras de Passos Coelho e esticou uma corda já de si tensa, no relacionamento entre os dois principais partidos com assento na Assembleia.

“A direção do PSD está a analisar o cenário de forma errada. Chumbar o PEC criaria uma crise política, o que obrigaria a eleições antecipadas”, disse, afastando uma eventual de demissão.

“Não me sinto agarrado ao poder e encaro esta passagem pela vida política com muito desprendimento. E nada farei que possa contribuir para uma crise política, porque o meu dever é evitar que essa crise aconteça”, reforçou.

Se essa crise acontecer, José Sócrates será candidato: “Sou líder do Partido Socialista e tenciono recandidatar-me. Não virarei a cara à luta”.

O primeiro-ministro rejeitou as críticas do PSD e acusou os sociais-democratas de “profundíssima irresponsabilidade”, de adotarem um discurso com o único objetivo de colher “benefícios políticos”.

“Não compreendo as críticas. Há um mês, Passos Coelho dissera que estava disponível para falar com o Governo sobre as medidas que achasse necessárias para 2012 e 2013”, reagiu Sócrates, perante as ameaças de chumbo do PEC.                                   

O primeiro-ministro crê no bom senso do principal partido da oposição, na aprovação do Plano de Estabilidade e Crescimento: “Não quero acreditar que a irresponsabilidade dos partidos os leve tão longe”.

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