Primeiro-ministro diz que “Portugal não precisa de ajuda externa e não vai pedi-la”. José Sócrates considera ainda que “as perguntas sobre a capacidade de financiamento de Portugal são ofensivas”.
Sócrates questiona as opções da oposição – “Como conseguiram colocar o país numa situação destas”, questiona –, mas garante que Portugal tem capacidade para reagir às dificuldades sem recorrer a ajudas externas.
Firme no discurso, o primeiro-ministro demissionário contraria as teses de que Portugal vai sofrer com a reação dos mercados. “A teoria do efeito dominó tem de parar. E para agora”, disse.
Sempre com o PSD como alvo do seu discurso, de forma direta ou indireta, José Sócrates assumiu, no entanto, que o país está “enfraquecido”, por culpa de um partido que merecerá críticas. “Estou desejoso de comentar a proposta do PSD, de aumentar o IVA. Mas só o farei quando regressar a Portugal”.
O primeiro-ministro participa numa cimeira europeia e encontra-se em Bruxelas, dois dias depois de ter apresentado a demissão.