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Sócrates julgado? “Nem daqui a um ano”, antecipa Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares deixou uma garantia: o julgamento da Operação Marquês, que tem José Sócrates como principal arguido, “nem daqui a um ano vai começar”.

Ao comentar a perda de mais um recurso apresentado pela defesa do ex-primeiro-ministro, que pediu o afastamento do juiz Carlos Alexandre, o jornalista teceu fortes críticas à junção dos casos BES e PT com o de José Sócrates.

No comentário habitual para a SIC, garantiu não entender o que levou o Ministério Público a “enfiar no processo de José Sócrates, que já de si era imenso, o processo entre o BES e a PT, que não tem ali relação nenhuma direta”.

“Caímos naquilo que todas as entidades processuais sempre disseram que se devia evitar, a começar pelo Ministério Público: os megaprocessos”, disparou Miguel Sousa Tavares.

Esta manobra vai ajudar a protelar ainda mais o início do julgamento da Operação Marquês, antecipou o comentador.

“Acho que se deviam ter limitado a acusar José Sócrates por aquilo que achavam que devia ser acusado”, considerou.

“Primeiro que esteja pronto para ir para julgamento… Não é antes do verão, nem depois do verão. Acho que nem daqui um ano vamos começar com o julgamento”, antecipou Miguel Sousa Tavares.

O comentador lembrou que este processo tem “40 arguidos e centenas de testemunhas”, pelo que vai ser bastante mais longo do que um julgamento em “circunstâncias normais”.

E, também, vai consumir “recursos e mais recursos” à máquina judicial, lembrou.

“Mais depressa me vou embora aqui da SIC do que o processo está a terminar”, ironizou.

No caso da decisão da Relação de Lisboa, “mais uma derrota” para a defesa de José Sócrates, Miguel Sousa Tavares reconheceu alguma discordância, considerando que o ex-governante tinha “razões” para pedir o afastamento do juiz.

“Sobretudo a partir daquela entrevista do juiz Carlos Alexandre à SIC, quando ele diz, por exemplo, que não tinha amigos que lhe emprestassem dinheiro”, concluiu.

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