Mais de 30 instituições, como sindicatos, organizações da sociedade civil e um partido político já subscreveram um manifesto de apoio à greve climática estudantil, em 24 de maio, comprometendo-se a mobilizar recursos para divulgar a iniciativa.
“Somos coletivos, associações e sindicatos empenhados na luta pela justiça climática. Entusiasma-nos a nova onda de mobilização liderada por jovens que fazem greve às aulas para reivindicar um futuro e um planeta habitável”, começa por afirmar o manifesto subscrito por um conjunto de instituições, entre as quais o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN), a associação ambientalista Zero; os Precários Inflexíveis; o Sindicato dos Trabalhadores dos Call Center, entre outras, e que está disponível na página “http://salvaroclima.pt/.
Citando o discurso na última cimeira do clima na ONU da jovem ativista sueca Greta Thunberg, que desencadeou o movimento estudantil mundial em defesa do clima, no qual pediu aos líderes mundiais uma mudança urgente, os subscritores destacaram a “clareza e determinação” das palavras de Greta Thunberg e declararam-se solidários com os jovens “que assumem esta causa como sua”.
Entre os compromissos assumidos pelos subscritores estão a mobilização de recursos para “ampliar as vozes de organização da greve”, divulgar a paralisação estudantil, disponibilizar materiais para uso livre pela organização do protesto.
“Se a greve ganhar a luta, ganhará a humanidade inteira”, termina o manifesto, apelando ainda para a participação na greve de sexta-feira.
Em 17 de maio os estudantes promoveram uma vigília em frente à Assembleia da República, tendo ali passado a noite para exigir mudanças legislativas em defesa do planeta, uma ação que também já tinham promovido uma semana antes.
Inspirados pela jovem ativista Greta Thunberg, que todas as sextas-feiras falta às aulas para protestar em frente ao Parlamento Sueco, um grupo de jovens começou a preparar a primeira greve de estudantes em Portugal, que se realizou a 15 de março.
Naquele dia, milhares de alunos de todas as idades – desde o ensino básico ao superior – faltaram às aulas e protestaram nas ruas de 27 cidades portuguesas.
Um protesto que se repetiu um pouco por todo o mundo: Cerca de 1,6 milhões de estudantes de 125 países marcharam para exigir medidas urgentes contra a crise climática. Mais de duas mil cidades foram palco de um protesto feito por jovens.
A próxima greve às aulas está marcada para 24 de maio e ninguém da organização portuguesa quer arriscar números de adesão.
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