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“Só percebeu agora que a postura do Bloco é oportunista?”, pergunta CDS a Costa

A troca de acusações entre o Governo socialista de António Costa e o Bloco de Esquerda serviu de mote para a intervenção de Telmo Correia, líder parlamentar do CDS.

“Não me interessa saber de quem é a culpa, se do PS ou do Bloco, mas pergunto-lhe: só percebeu agora que a postura do Bloco é oportunista? Nunca deu por isso antes?”, questionou o deputado centrista, no debate da proposta de Orçamento de Estado para 2021 (OE2021), a decorrer na Assembleia da República.

“Só percebeu que era um parceiro para as boas horas enquanto tinha coisas para dar, mas que  nas horas complicadas saltava e se punha fora?”, insistiu.

As constantes acusações entre PS e BE, a propósito do OE2021, demonstraram que “a geringonça” está “num fim de ciclo”.

“Bastará que o PCP dê uma instrução aos Verdes, para não votarem da mesma maneira no final, para o seu projeto da grande maioria de esquerda ficar preso de uma dissidente de um partido radical [Joacine Katar Moreira, eleita pelo Livre e agora deputada não inscrita] e de uma cisão num partido animalista [Cristina Rodrigues, eleita pelo PAN e também não inscrita]”, argumentou Telmo Correia.

“A sua maioria de esquerda funcionou enquanto ia distribuindo algumas benesses. Agora que não há muito para distribuir, lá se vai a sua grande maioria. É isso que sobra do seu grande projeto de esquerda, porque o senhor criou um modelo em que tudo está dependente de uma negociata permanente, de um dá isto para aquele sindicato e isto para os outros, isso obviamente que tem um limite”, continuou o deputado centrista.

O líder parlamentar do CDS acusou ainda António Costa de ser “pobre e mal agradecido” para com o PSD, depois dos sociais-democratas terem viabilizado a alteração regimental dos debates parlamentares com o primeiro-ministro.

“É curioso que ignore completamente o PSD, que fez uma proposta de diálogo e negociação [do OE201], contrariando o seu próprio discurso de grande unidade do país”, concluiu Telmo Correia.

Na resposta, António Costa lembrou a crise aberta no Governo de Passos Coelho, em 2013, com a demissão “irrevogável” do então presidente do CDS, Paulo Portas.

“Não sei se a decisão do Bloco de Esquerda em relação a este Orçamento é mais ou menos irrevogável do que a decisão do CDS de abandonar o Governo com o PSD”, contrapôs o primeiro-ministro.

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