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Só a solidariedade, diz François Hollande, porá “fim às dúvidas sobre a estabilidade da zona euro”

francois hollandeO Presidente da França é claro: “é pela solidariedade e não pela austeridade sem fim que os objetivos da redução dos défices serão alcançados”. “Apenas deste modo poremos fim às dúvidas sobre a estabilidade da zona euro”, justifica François Hollande.

O Presidente da França evocou meio ano de mandato com um discurso de mais de duas horas, que visou sobretudo a política interna. Ainda assim, como “a França é um país maior na Europa, uma nação em relação à qual o mundo tem expectativas, um povo que tem valores, referências e um modelo”, toda a política interna na ‘velha Gália’ terá repercussões no plano europeu, pois “uma França enfraquecida seria também uma Europa impotente”.

Na abordagem ao estado da União Europeia, Hollande recuperou a discussão ‘austeridade versus crescimento’ para defender um caminho contrário ao da Alemanha. “A Europa não pode viver apenas com austeridade e disciplina”, avisou o Presidente francês, referindo o exemplo da Grécia: “é pela solidariedade e não pela austeridade sem fim que os objetivos da redução dos défices serão alcançados. Apenas deste modo poremos fim às dúvidas sobre a estabilidade da zona euro”.

“Solidariedade” que não tem havido para com os gregos, apesar de o merecerem: “o Parlamento grego acaba de adotar um novo plano, duro. Espera o apoio da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional. Esse apoio é-lhe devido”.

Um apoio que Hollande estendeu a todos os europeus que hoje, sobretudo em alguns países do sul (como Portugal), se encontram de greve: “tenho falado com os sindicalistas europeus, e quero realçar que a União Europeia foi reorientada, desde que fui eleito, no sentido no crescimento e da solidariedade. É o que eu tenho defendido para a Europa e há muitos dirigentes de países (muitos que não são socialistas, mas não vou aqui dizer quem são) que me têm apoiado e estão de acordo comigo”.

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