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SNS: Ministro da Saúde quer combater despesismo nos hospitais

Combate à fraude nos hospitais é prioridade para o ministro da Saúde, Paulo Macedo, que coloca no topo das prioridades a sustentabilidade do Sistema Nacional de Saúde (SNS). A entrega de unidades à gestão privada e a “cegueira pelos números” não preocupam o membro do Governo.

Paulo Macedo, que visitava uma Unidade Local de Saúde do Alto-Minho, apontou como centro das suas políticas a “racionalização de custos” no SNS, sem, no entanto, alimentar qualquer obsessão pelos números, que pudessem provocar uma perda de qualidade dos serviços prestados nos hospitais.

“O Sistema Nacional de Saúde não poderá perder o seu caráter de universalidade e a sua qualidade. Será necessário otimizar os recursos existentes nos hospitais, sejam públicos ou privados, e proteger o sistema”, defendeu Paulo Macedo, em Viana do Castelo.

Paralelamente a uma gestão ponderada, o ministro pretende combater a corrupção, para que o SNS “fique protegido”, sem qualquer vulnerabilidade que possa causar prejuízo no presente e, sobretudo, no futuro.

A dívida do SNS atinge os 3 mil milhões de euros e apresenta um défice de 450 milhões, em 2010. No entendimento de Paulo Macedo, “o Governo assume o compromisso de garantir o futuro do Sistema Nacional de Saúde e a sua sustentabilidade”.

No entanto, essa sustentabilidade não deverá ser conseguida através de privatização de unidades de saúde. “A entrega de hospitais a privados não faz parte dos meus planos”, disse o ministro.

Apesar desta preocupação com os custos, Paulo Macedo não adotará uma política “obsessiva” relativamente aos números. O titular da pasta da Saúde não permitirá que o seu passado ligado à banca e ao setor fiscal condicione o seu desempenho, em prejuízo das pessoas e da necessidade de um serviço humano.

Paulo Macedo tem já em agenda uma série de medidas que pretende aplicar ainda em 2011. Desde logo o “emagrecimento da estrutura” do ministério, quer nos serviços, quer nos corpos dirigentes, para redução de custos.

As novas tecnologias serão também um parceiro importante para cortar na fatia da despesa, com a prescrição eletrónica de fármacos e de meios de diagnóstico. Os “mais carenciados” estarão também no topo das preocupações das políticas do ministro.

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