Cultura

“Skin” vence melhor filme do festival Sound&Image de Macau

“Skin” (“Pele”) conquistou hoje o prémio melhor filme da 10.ª edição do festival internacional Sound&Image Challenge, cuja cerimónia de entrega de prémios decorreu no teatro D. Pedro V, em Macau.

Do israelita Guy Nattiv, que arrebatou o prémio de melhor realizador, “Skin” conquistou ainda as categorias de melhor edição, para Yuval Orr, e de melhor sonoplastia, para Ronen Nagel, disse à Lusa a coordenadora do Centro de Indústrias Criativas-Creative Macau, Lúcia Lemos.

Primeira obra norte-americana de Nattiv, “Skin” estreou-se no festival de cinema de Toronto de 2018 e foi distinguido com o prémio da Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci). A estreia europeia aconteceu já este ano no festival internacional de cinema de Berlim.

O prémio para a melhor cinematografia distinguiu Anastasia Vorotniuk por “A son like others” (“No Limiar do Pensamento”), realizado pelo português António Sequeira, uma das 112 curtas-metragens em competição no festival.

A ‘curta’ “Fears” do espanhol Germán Sancho conquistou os prémios de melhor música, para Luis Hernaiz, e de melhores efeitos visuais, para Victor Bernardos.

O prémio de melhor documentário foi entregue a “The Dam” (“A Barragem”), da polaca Natalia Koniarz, enquanto “La Noria”, do espanhol Carlos Baena, conquistou o prémio de melhor animação.

O júri distinguiu ainda “Weightlifter” (“Halterofilista”), do ucraniano Dmytro Sukholytkyy-Sobchuk, com o prémio de melhor ficção.

O prémio de melhor filme local foi atribuído à obra de ficção “GDP – Grandma’s Dangerous Project” (“O projeto perigoso das avós”, numa tradução livre), da realizadora de Macau Peeko Sio Nga Wong. Já a animação “The Lightouse” (“O farol”), de Jay Pui Weng Sei, conquistou o prémio Identidade Cultural de Macau.

A obra “Today Artist, Tonight Taxist” (“De dia artista, de noite taxista”), de Dumitru Grosei, da Moldávia, venceu a categoria Escolha do Público, indicou a organização.

Na competição Volume, na qual foram apresentados oito vídeos musicais, o grande vencedor foi “Indigo”, das realizadoras de Macau Lolita Ribeiro e Elisa Chan, ao conquistar os prémios de melhor vídeo musical e de melhores efeitos visuais.

O prémio de melhor canção foi para “Boooom”, de Jarvis Mo, de acordo com a organização.

Entre 03 de dezembro e hoje foram exibidas, no histórico teatro D. Pedro V, 194 produções audiovisuais, incluindo uma retrospetiva dos vencedores de 2010 a 2018 e oito filmes fora de concurso realizados por mulheres do Sri Lanka, disse Lúcia Lemos.

“Foi a primeira vez que fizemos uma curadoria assente em realizadoras mulheres”, acrescentou.

Portugal esteve representado na competição em três categorias: ficção, “No limiar do pensamento”, de António Sequeira, “Califórnia”, de Nuno Baltazar; documentário, “A ver o Mar”, de Ana Oliveira e André Puertas; e animação, “Purpleboy”, de Alexandre Siqueira.

A programação incluiu ainda filmes convidados da Dinamarca, Guiné-Bissau, Lituânia, Macau, Suécia e Ucrânia, e três ‘masterclasses’ em ficção e animação sobre técnicas de realização, produção e efeitos visuais.

Lançado em 2010, pelo Creative Macau e pelo Instituto de Estudos Europeus de Macau, como um pequeno concurso audiovisual, a iniciativa expandiu-se pelos cinco continentes e, em 2015, evoluiu para um festival de curtas-metragens, mantendo o objetivo de motivar a participação de produções fílmicas e vídeos musicais locais e internacionais, a competir em Macau.

“Dada a dimensão e internacionalização do festival, no próximo ano teremos um novo, Macau International Short Film Festival, e um novo logotipo”, afirmou Lúcia Lemos.

Entre 2010 e 2018, esta iniciativa já premiou 77 filmes e vídeos musicais, dos quais, 35 de Macau. Os premiados são de Portugal, China, Dinamarca, Bélgica, Alemanha, Brasil, França, Índia, Suécia, Espanha, Irão, Polónia, Chile, Paquistão e Suíça.

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