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Síria: ONU volta a acusar o regime de crimes contra a Humanidade

siriaO regime de Bashar al-Assad foi novamente acusado da prática de crimes contra a Humanidade, onde se incluem “ataques indiscriminados contra civis e atos de violência sexual”, refere um relatório divulgado hoje por uma comissão de inquérito das Nações Unidas. Desde o início do conflito já foram mortas mais de 20 mil pessoas.

De acordo com o relatório divulgado pela ONU existem “fundamentos razoáveis para concluir que as forças governamentais sírias e a Shabbiha [mílica aliada] cometeram crimes contra a Humanidade de assassínio e tortura, crimes de guerra e violações grosseiras da lei internacional dos direitos humanos e da lei humanitária internacional.”

Nos crimes estão envolvidos “os mais altos representantes das forças armadas e de segurança e do Governo”, responsáveis pela morte de mais de 100 civis na aldeia de Houla, em maio, na sua maioria crianças.

As forças do governo de Bashar al-Assad não são, contudo, as únicas visadas. As conclusões referem ainda que os rebeldes sírios são igualmente responsáveis por “crimes de guerra, incluindo assassínio, execuções extra-judiciais e atos de tortura”, embora estes atentados “não tenham atingido a gravidade, frequência e escala” dos que foram levados a cabo pelo exército governamental.

Recorde-se que, ainda há poucos dias, foi divulgado um vídeo que mostra as forças rebeldes a atirarem cadáveres do telhado de um edifício.

Poucas horas depois da divulgação deste relatório chegaram relatos de uma nova explosão em Damasco, perto de um hotel onde estavam hospedados observadores das Nações Unidas, que provocaram, pelo menos, três feridos.

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