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Síria ameaça com uso de armas químicas em caso de “agressão externa”

Um porta voz do ministro dos negócios estrangeiros do regime sírio admitiu, pela primeira vez, a utilização de armas químicas, em caso de invasão por forças estrangeiras, mas “nunca contra o povo sírio.”

A Síria admitiu, pela primeira vez, utilizar o seu arsenal de armas químicas, caso venha a ser invadida por forças estrangeiras que queiram derrubar o regime de Bashar al-Assad. Jihad Makdessi, porta voz do ministério dos negócios estrangeiros, recusou o uso dessas armas contra a população civil, mas admitiu que estão prontas para serem utilizadas.

“Estas diferentes armas estão armazenadas e em segurança, sob a supervisão das forças armadas e só serão usadas no caso da Síria ser alvo de uma agressão estrangeira”, confirmou.

Jihad Makdessi acusou o Ocidente de querer “justificar uma intervençao militar” no país, baseada na existência de armas de destruição massiva. Segundo o porta voz, existe a possibilidade de forças estrangeiras “armarem grupos terroristas (…) com bombas químicas que expludam em aldeias para que se acusem as forças sírias”.

Estas declarações surgem horas depois da Liga Árabe, organização da qual faz parte a Síria, ter pedido uma transição pacífica do regime, sem o atual presidente Bashar al-Assad. Em reação, Damasco recusou qualquer cedência ao pedido de saída do chefe de estado sírio.  “Estamos desolados por a Liga Árabe ter baixado a esse nível em relação a um país membro desta instituição. Essa decisão cabe ao povo sírio, que é o único dono do seu destino”, afirmou Jihad Makdessi.

Á medida que a crise se acentua no seio do regime, os confrontos entre as forças rebeldes e as forças do governo multiplicam-se. No último domingo, em Damasco, pelo menos 23 pessoas foram executadas de forma sumária, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). No bairro de Mazzé, a oeste da capital, foram assassinados 16 homens, a maioria com menos de 30 anos. Só ontem até ao início da tarde, o OSHD contabilizou 18 mortos.

Desde o início do conflito, em março de 2011, morreram já mais de 19 mil pessoas.

Redação

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