A plataforma sindical de professores disse hoje ter “esbarrado num muro de intransigência do governo”, que apresentou aos professores uma proposta de recuperação de tempo de serviço “rigorosamente igual, sem mudar uma virgula” face à que foi rejeitada.
Em declarações aos jornalistas no final de uma reunião que durou cerca de uma hora, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, afirmou que as organizações sindicais de profissionais de professores “esbarram num muro de intransigência do governo”.
De acordo com Mário Nogueira, o governo voltou a apresentar uma proposta que prevê a recuperação de dois anos, nove meses e 18 dias, mas os professores exigem a recuperação integral do tempo de serviço congelado: nove anos, quatro meses e dois dias.
“Os professores não deixam que governo algum lhes meta a mão ao tempo de serviço que cumpriram”, afirmou Mário Nogueira, explicando que os representantes dos vários sindicatos vão reunir-se na terça-feira para discutir e decidir “se vale a pena perder mais tempo em reuniões” em que o governo se recusa a avançar.
Mário Nogueira voltou a sublinhar que os sindicatos estão “confiantes de que o problema vai resolver-se” durante esta legislatura, remetendo para o parlamento a resolução do diferendo.
Segundo Mário Nogueira, o governo propôs uma nova reunião para 04 de março, mas os professores só decidirão na terça-feira se valerá a pena voltar a reunir.
“A negociação está esgotada, pareceu-nos”, disse.
As declarações do secretário-geral da Fenprof foram proferidas no Ministério da Educação, onde hoje foram retomadas as conversações entre a tutela e 10 estruturas sindicais para redefinir a contagem do tempo de serviço congelado na carreira docente.