Sindicato dos bancários pondera greve na CGD

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) anunciou hoje que poderá avançar para uma paralisação na Caixa Geral de Depósitos (CGD), recorrendo ao fundo de greve, de oito milhões de euros, para que os trabalhadores não percam retribuição.

A direção do sindicato está reunida esta tarde para decidir os próximos passos face à denúncia do Acordo de Empresa (AE) da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e, após a reunião, haverá um plenário com os trabalhadores da CGD de onde sairá a decisão de avançar ou não para a greve.

A reunião extraordinária do SNQTB acontece um dia depois de também o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC) ter anunciado uma greve para dia 24 no banco público contra a denúncia do AE.

O presidente do SNQTB, Paulo Gonçalves Marcos, disse à Lusa que “se for vontade dos sócios”, também será convocada uma greve por este sindicato que, segundo acrescentou, “é o maior do setor”.

Paulo Gonçalves Marcos afirmou que na reunião desta tarde está a ser discutida a possibilidade do recurso ao fundo de greve do SNQTB “que foi reforçado e ascende já a oito milhões de euros”, contra cerca de 200 mil euros no ano passado.

“É a primeira vez que o fundo de greve atinge uma quantia tão significativa e que permite assegurar vários dias de greve sem perda de retribuição” dos trabalhadores filiados no sindicato, sublinhou o dirigente sindical.

“Todas as opções estão em aberto, devemos partir para um período negocial, mas perante esta a posição unilateral [da administração da Caixa] não hesitaremos em utilizar este instrumento”, disse ainda Paulo Gonçalves Marcos.

O presidente do SNQTB sublinhou que o atual AE é de 2016, pelo que considera ser “extemporânea” a denúncia do mesmo apresentada pela administração do banco.

“Causa alguma estranheza que a denúncia tenha sido feita no mesmo dia em que a Caixa declarou lucros de quase 200 milhões de euros” e numa altura em que o banco está em recuperação, afirmou o dirigente sindical.

Segundo defendeu, a proposta de AE, “além de retirar direitos” aos trabalhadores, vem acompanhada de uma proposta de atualização da tabela salarial de 0,3 por cento, o que é insuficiente para o sindicato, uma vez que os trabalhadores da Caixa “perderam 10 pontos percentuais de poder de compra nos últimos dez anos”.

Lusa

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Etiquetas: Greve CGDhome

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