Sindicato de Maquinistas da CP avança para uma greve, em protesto contra processos disciplinares “absurdos, injustificados e ilegais”. A paralisação está marcada para as vésperas de Natal e dia da celebração da quadra (entre 23 e 25 de dezembro). O protesto é retomado a 1 de janeiro e prolonga-se até ao final do primeiro mês de 2012, mas apenas nas horas extraordinárias. Administração da empresa ainda não reagiu às acusações.
Segundo adianta o presidente do Sindicato de Maquinistas da CP à agência Lusa, está convocada uma paralisação, contra o que António Medeiros considera ser uma ilegalidade nos processos disciplinares aplicados.
A razão para esta greve está num alegado desrespeito de um acordo de “paz social”, por parte da administração da CP, que “avançou com procedimentos disciplinares absurdos, injustificados e ilegais”, acusa António Medeiros, líder daquele sindicato.
O Sindicato de Maquinistas assinou um acordo com a administração da CP, que tentava pôr termo a todos os conflitos entre as partes e avançar para “uma paz social”. No entanto, argumenta António Medeiros, esse pacto foi ignorado pela empresa, cujos responsáveis decidiram avançar com processos disciplinares.
Em declarações à Lusa, António Medeiros defende que são procedimentos disciplinares que não se justificam, em virtude do que ficara estipulado nos acordos estabelecidos, e foram feitos “de forma ilegal”. Os maquinistas dizem-se “perseguidos e alvo de processos disciplinares forjados, inventados” e “uma ofensa”.
A administração da CP ainda não reagiu a estas palavras. Segundo o Sindicato de Maquinistas, foi rubricado no passado mês de abril um documento que tinha como finalidade encerrar todos os conflitos e permitir a normalidade nas relações entre patrões e funcionários.
O sindicato decidiu que a greve é a única forma de a empresa cumprir o que assinou em abril e em julho e “trazer de volta a paz social na empresa”, acrescentou.