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Silves mantém Feira Medieval após “dias difíceis” devido aos incêndios

A Câmara de Silves decidiu manter a realização da Feira Medieval, que arranca hoje na zona histórica da cidade, depois de terem sido vividos “dias difíceis”, com várias áreas rurais devastadas e a aproximação do fogo à cidade.

Em comunicado, a presidente da autarquia, Rosa Palma, refere que a Feira Medieval, que vai agora na sua 15.ª edição, se trata de um “evento de grande importância”, não apenas para a cidade, como para todo o concelho, sendo “determinante” para o comércio local.

A autarca acredita que, com a realização da feira, o concelho possa “entrar num novo período”.

“Um período de grande otimismo, um período de superação das mágoas e das dores que nos causou este incêndio”, afirma, tendo em conta que se trata de um evento ligado à identidade de Silves.

“Não queremos que a marca de Silves seja a da tristeza e a da desolação. Não somos gente cor de cinza, nem tão pouco acomodada. Vamos arregaçar as mangas e vamos, com a Feira Medieval, voltar a sorrir e a levar sorrisos a todos”, sublinha.

Segundo a autarca, ao longo dos últimos dias, na sequência do incêndio que deflagrou em Monchique, viveram-se em Silves “dias difíceis”, durante os quais todos os esforços das autoridades permitiram que não houvesse perdas de vida ou destruição de casas de primeira habitação.

“Vimos ainda tudo o que os funcionários da autarquia, em diversos serviços e com ações distintas, fizeram para ajudar no combate ou na retaguarda, bem como os muitos voluntários que cederam equipamentos e que colaboraram como e com o que puderam”, ressalva.

A autarca promete continuar a “aposta forte na prevenção dos fogos, assegurando a limpeza de terrenos, a construção de mais faixas de combustível e corta-fogos”, assim como “a sensibilização das populações para a necessidade de ter comportamentos promotores da segurança das florestas, dos bens e vidas”.

O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado hoje de manhã, deflagrou no dia 03 à tarde, em Monchique, distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afetado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).

A Proteção Civil atualizou o número de feridos para 41, um dos quais em estado grave (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas já consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência direta do comandante nacional da Proteção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.

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