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Seul analisa possível radiotividade no mar causada por urânio da Coreia do Norte

O Governo sul-coreano está a analisar amostras de água do mar recolhidas na fronteira marítima com a Coreia do Norte, depois de imagens satélite mostrarem derramamentos de uma mina de urânio norte-coreana num rio que ali desagua.

As autoridades estão a recolher essas amostras junto à chamada Linha de Limite Norte (LLN), a divisória marítima ocidental de ambas as Coreias, perto de onde desagua o rio Ryesong, que flui no Mar Amarelo da Coreia do Norte, segundo confirmou hoje à agência de notícias espanhola Efe, uma porta-voz do ministério da Unificação da Coreia do Sul.

A análise está a ser realizada depois do investigador norte-americano Jacob Bogle alertar recentemente, após verificar em várias imagens tiradas por satélite, a possibilidade de que a mina de urânio de Pyongsang, uns 100 quilómetros a sudeste de Pyongyang, esteja a realizar derrames no rio.

As imagens mostram contínuos derrames contínuos vindos do cano de esgoto no leito de Ryesong, cuja foz está a cerca de 45 quilómetros a sudoeste de Pyongsan.

As análises para detetar a possível presença de material radioativo vão demorar cerca de duas semanas, segundo a mesma porta-voz, que assegurou que o Governo tornará os resultados públicos.

Por seu lado, o ‘site’ especializado em assuntos da Coreia do Norte ’38north’ publicou hoje a sua análise das imagens satélite e reduziu o alarme gerado por alguns meios de comunicação que informaram sobre a investigação.

Segundo a página, apesar de ser evidente que o lixo está a ser derramado no rio e que o ritmo dessa contaminação parece ter aumentado nos últimos dois anos, “a descarga observada é menos extensa do que a sugerida” pelos investigadores.

Sustenta ainda que mais preocupante que o possível derrame é o facto de “as operações desta instalação (a maior do tipo na Coreia do Norte) indicam que Pyongyang mantém e continua a dar prioridade ao programa para produzir urânio altamente enriquecido para produzir armas nucleares”.

Várias investigações mostraram que, depois da cimeira em Singapura o ano passado, na qual a Coreia do Norte e os Estados Unidos concordaram em trabalhar em conjunto para a desnuclearização da península coreana, Pyongyang continuou a processar urânio para fabrico de armas nucleares.

A isto soma-se o facto de que, dado o atual impasse no diálogo com Washington, o regime realizou novamente vários testes de mísseis balísticos desde maio, depois de os ter suspendido por quase um ano e meio para favorecer a reaproximação com os Estados Unidos.

Lusa

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Lusa

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