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Setor do mar aumentou volume de negócios em 2017 para 4,1 mil milhões

O setor do mar aumentou o volume de negócios em 5 por cento em 2017 para 4,1 mil milhões de euros, segundo dados hoje publicados pelo Banco de Portugal (BdP).

Apesar dos resultados de 2017, o crescimento foi “inferior ao registado em 2016 (6 por cento) e ao observado no total das empresas (9 por cento), cenário que se verificou pela primeira vez desde 2010”, segundo um estudo da central de balanços do regulador.

Além disso, no mesmo documento, o organismo indicou que em 2017, “o setor do mar integrava 3 mil empresas, gerava 4 mil milhões de euros de volume de negócios e empregava 26 mil pessoas, parcelas representativas de 1 por cento dos valores associados ao total das empresas em Portugal para todos os indicadores”.

O BdP indicou ainda que “o número de empresas em atividade no setor diminuiu marginalmente entre 2016 e 2017”.

De acordo com a instituição, 77 por cento das sociedades do setor atuavam nas pescas e atividades conexas, representando 74 por cento do volume de negócios e 75 por cento das pessoas ao serviço do setor, “seguindo-se os transportes marítimos (12 por cento das empresas, 18 por cento do volume de negócios e 14 por cento das pessoas ao serviço do setor) e a construção e reparação naval (11 por cento das empresas, 8 por cento do volume de negócios e 12 por cento das pessoas ao serviço)”, adiantou o BdP.

A instituição garantiu ainda que “o EBITDA do setor do mar aumentou 70 por cento em 2017”, depois de ter caído 19 por cento em 2016. “Para esta evolução contribuiu, de forma significativa, o segmento da pesca e atividades conexas, com um aumento do EBITDA de 226 por cento”, concluiu o estudo.

O banco central analisou ainda a autonomia financeira das empresas desta área e chegou à conclusão que no ano em análise, o rácio de autonomia financeira do setor do mar foi de 49 por cento, “4 pontos percentuais acima do valor registado em 2016”.

O BdP revelou que a autonomia financeira crescia de acordo com o aumento de tamanho das sociedades, passando de 19 por cento nas microempresas, para 52 por cento nas pequenas e médias empresas e para 56 por cento nas grandes empresas.

O passivo desceu 2 por cento entre 2016 e 2017 e os gastos de financiamento diminuíram 6 por cento.

Citando dados mais recentes, do ano passado, o BdP deu ainda conta de que o setor do mar “agregava, no final de 2018, 2 por cento do montante de crédito concedido às empresas não financeiras pelo setor financeiro residente, percentagem similar às observadas nos finais de 2016 e de 2017”.

Em dezembro do ano passado, “a maioria do crédito concedido ao setor do mar era dirigido ao segmento da pesca e atividades conexas (65 por cento), seguido pelos transportes marítimos (33 por cento) e pela construção e reparação naval (3 por cento)”, indicou a instituição.

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