Economia

Setor aeronáutico em Portugal quer atingir três por cento do PIB em cinco anos

O volume de negócios do setor aeronáutico em Portugal deverá atingir os 3 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no espaço de cinco anos, disse hoje fonte da Associação Nacional de Aeronáutica, Espaço e Defesa (AED).

“O ‘cluster’ tem três grandes objetivos: um deles é duplicar o volume de negócios, ou seja, passar de 1,2 por cento para 3 por cento do PIB num prazo de cinco anos. Acho que é um objetivo exequível, neste momento a Europa está a crescer a 11 por cento ao ano”, disse o presidente da AED, General José Cordeiro.

De acordo com o responsável, que falava aos jornalistas à margem de uma conferência subordinada ao tema “Os desafios da indústria aeronáutica”, no segundo dia da cimeira “Portugal Air Summit”, que decorre até domingo em Ponte de Sor (Portalegre), o setor é constituído por “três eixos principais”, nomeadamente a “economia do conhecimento, cooperação em rede e a internacionalização”.

“O ‘cluster’ representa cerca de 60 empresas, fatura 1,87 mil milhões de euros, o que corresponde a 1,2 por cento do PIB, dando ainda emprego a 18.500 pessoas, sendo que 87 por cento é exportação, o mercado interno é residual”, disse.

“Em 2007 o ‘cluster’ (em Portugal) não existia, é extremamente recente o que significa que tem uma capacidade muito grande de crescimento”, sublinhou.

Nesse sentido, o presidente da AED defende que é preciso no futuro “investir muito em inovação” e “criar” uma imagem de Portugal junto dos grandes ‘players’ do setor, mostrando que o país é “atrativo” para o investimento.

O general José Cordeiro recordou ainda que a indústria aeronáutica em Portugal é constituída “não só por seis ou sete grandes empresas”, sendo “90 por cento” constituída por pequenas empresas, “nove” institutos e “quatro” universidades, tendo uma “grande diversificação” no seio do tecido nacional.

“Estamos a produzir cerca de 120 engenheiros espaciais por ano. Nós temos de aumentar esta capacidade e já começam a existir universidades e institutos politécnicos a criar cursos”, indicou.

“Há carências neste momento de empregos, anda à volta de dois mil empregos. Para além dos engenheiros aeroespaciais. É um setor, para quem tenha filhos, deve investir porque garantidamente conseguem ter um nível de empregabilidade muito grande”, acrescentou.

Por último, fez ainda questão de sublinhar que Portugal “tem ainda um longo caminho a percorrer” neste ‘cluster’ da aeronáutica, alertando para que é uma área que vive de forma “emergente”.

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