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Sete curiosidades sobre Steve Jobs, o filho de um emigrante sírio

A vida de Steve Jobs foi escalpelizada. Torna-se aborrecido analisar, de novo, o passado do cofundador da Apple. Mas a crise dos refugiados obriga a que façamos este exercício.

São sete curiosidades sobre a vida (sobretudo no campo pessoal) de Steve Jobs, o cofundador da Apple, criadora dos icónicos iPhone, através dos quais se destila ódio nas redes sociais contra os refugiados.

1. Começamos pela menos interessante. Antes de criar a Apple, Steve Jobs foi funcionário na Atari. A empresa decidiu colocá-lo a trabalhar no turno da noite. A razão? Os colegas queixavam-se de que Jobs cheirava mal

2. O ‘pai’ da Apple era disléxico, adotou um estilo de vida alternativo e tinha por hábito, na juventude, de consumir LSD, considerando que esta esta ua das mais excitantes experiências da sua vida pouco regrada.

3. Durante um período em que completava os estudos na universidade, Jobs foi sem-abrigo. Assumiu publicamente essa realidade numa palestra em Stanford, em 2005.

“Não tinha dormitório e recorria ao chão do quarto dos meus amigos. Cheguei a recolher garrafas de Coca-Cola, para as colocar em depósitos. Ganhava cêntimos para comprar comida”.

4. Foi um péssimo aluno. Steve Jobs não era particularmente adepto do sistema de ensino. Esta postura crítica favoreceu-o: adotou métodos de aprendizagem que o viriam a tornar mais capaz. Um relatório apresentado pelo FBI – e quando George Bush considerou a contratação de Jobs para o governo norte-americano – deu conta das péssimas notas de Jobs na faculdade.

5. Steve teve quatro filhos. No entanto, um deles, uma menina, resulta de uma relação extraconjugal. Negou sempre a paternidade, alegando ser estéril. Mais tarde, viria a assumir ser pai da menina e a homenageá-la. O computador ‘Apple Lisa’ foi batizado com este nome como tributo à filha que não aceitara.

6. Jobs foi abandonado pelos seus pais biológicos: Abdulfattah Jandali, um refugiado sírio muçulmano que emigrou para os EUA nos anos 50, e Joanne Carole Sciebele. Abdulfattah e Joanne deram o filho para adoção, porque o avô não aceitou o facto de gerarem um filho sem estarem casados. A única condição que Abdulfattah exigiu aos novos pais foi garantirem estudos superiores a Steve Jobs.

7. Abdulfattah Jandali, o pai de Steve e um refugiado sírio (repita-se) não gerou apenas um menino que se viria a tornar famoso. Mona Simpson, irmã do pai da Apple, é uma autora muito famosa nos EUA.

Esta visita a alguns detalhes da vida de Steve Jobs ganha atualidade porque se dá a crise dos refugiados sírios. É curioso que as redes sociais sirvam de plataforma para intransigência. É curioso que alguns comentários xenófobos sejam criados através de smartphones da Apple.

Só mais um detalhe: a família de Sergey Brin fugiu da União Soviética, perseguida pelo antissemitismo. Nos EUA, Sergey viria a fundar a Google.

E a terminar: de acordo com a revista Forbes, 40 por cento das 500 maiores empresas norte-americanas foram fundadas por imigrantes, ou pelos seus filhos.

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