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Sete anos de prisão para jornalista chinesa que revelou “segredos”

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Aos 71 anos, Gao Yu foi condenada a sete anos de prisão. A jornalista foi considerada culpada de revelar “segredos de Estado”. Detida desde maio do ano passado, esta chinesa terá fornecido um documento do Partido Comunista a um site norte-americano.

A China continua a perseguir os jornalistas. Hoje, foi anunciada a condenação de Gao Yu, que aos 71 anos de idade se prepara para passar os próximos sete anos na prisão.

De acordo com o El País, a jornalista chinesa foi hoje considerada culpada de revelar “segredos de Estado”, nomeadamente pelo ‘crime’ de fornecer um documento do Partido Comunista (e único) da China, do qual se terá apoderado de forma ilegal, a um site norte-americano.

Detida em maio do ano passado, Gao Yu foi julgada em novembro de 2014, mas só hoje foi proferida a sentença: uma pena de sete anos de prisão.

Apesar da deliberação ser “um equívoco”, nas palavras do advogado Mo Shaoping, culminou um processo marcado por “inúmeras irregularidades”.

“O tribunal não respeitou suficientemente os factos e as provas”, afirmou o defensor da jornalista e ativista.

A pena de prisão foi também uma resposta firme da China às condenações da comunidade internacional, em especial após o Conselho dos Direitos Humanos das ONU ter pedido a libertação de Gao Yu, ainda no mês passado.

Na leitura da sentença esteve um diplomata europeu, Raphael Droszewski, que se mostrou “preocupado” com a crescente perseguição do regime chinês a ativistas e jornalistas.

Para Gao Yu, a prisão não é estranha. Em 1989, quando os incidentes na Praça Tiananmen chocaram o mundo, a jornalista foi presa por 15 meses.

Curiosamente, Gao Yu já esteve presa por revelar “segredos de Estado”, entre 1993 e 1999.

Nas contas da Organização para a Proteção de Jornalistas (sediada em Nova Iorque), há atualmente 44 jornalistas a cumprirem pena na China, o país com mais profissionais da comunicação social detidos.

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