Motociclismo

Será um Rali Dakar “muito desafiador” garante Ruben Faria

Para Ruben Faria, responsável pela equipa Honda de todo-o-terreno, a edição 2020 do Rali Dakar será a mais desafiadora de sempre.

O ‘ex-motard’ português reagiu ao evento, cuja apresentação oficial decorreu no Instituto Mundial Árabe em Paris, revelando a prova ‘rainha’ do todo-o-terreno Mundial, que no próximo mês de janeiro se disputará pela primeira vez na Arábia Saudita e no Médio Oriente.

David Castera, o diretor da prova, fez uma apresentação apaixonada do 42º ‘Dakar’, que irá decorrer entre 5 e 17 de janeiro de 2020, que contemplará um total de 7800 quilómetros e ligará Jedah, junto ao Mar Vermelho, a Al-Quiddiya, tendo pelo meio um dia de descanso em Riade. Nessa altura os concorrentes terão percorrido sete especiais cronometradas, perfazendo 5100 quilómetros, sendo a maior de 546 quilómetros – no sétimo dia.

Se é verdade que 2750 quilómetros serão em ligação, 75 % do percurso será em areia, com destaque para a etapa Super Matarona, onde os concorrentes terão de contar apenas consigo para fazer reparações nas motos.
Novidade no Rali Dakar 2020 é o facto do ‘roadbook’ possuir uma nova cor, e ser distribuído aos pilotos apenas minutos antes do começo da corrida.

Ruben Faria lidera a ‘ofensiva’ da Honda na prova face à grande favorita KTM, sendo que a marca da asa dourada inscreveu cinco CRF450 Rally no evento, para Kevin Benavides, Ricky Brabec, José Ignacio Cornejo, Aaron Maré e Joan Barreda Bort, que faz o seu 10º ‘Dakar’ e tem quase estatuto de lenda.

“Pelos vídeos que nos foram mostrados, vimos grandes cenários que nos fazem sonhar e esperar pelo Ano Novo”, começou por referir Ruben Faria, destacando: “David Castera, o diretor de prova, anunciou, entre outras coisas, que iria haver uma etapa Super Maratona no segundo dia, onde os pilotos apenas podem tocar nas motos durante dez minutos assim que o dia de competição terminar. Já experimentamos isso em Marrocos”.

“Além de não poderem receber ajuda mecânica da equipa, as peças não podem ser trocadas com outros pilotos. Será muito difícil ter uma etapa como essa tão cedo na prova. Depois da pausa em Riade teremos, perto do final, outra Maratona, entre as etapas 10 e 11”, salienta o algarvio que lidera a equipa Honda.

A rematar Ruben Faria (à direita nesta terceira foto) destaca outras dificuldades da prova: “Será um Dakar cheio de dias duros, com uma primeira semana nas montanhas, com piso pedregoso e percurso fora de estrada, e esperamos uma segunda semana com muitas dunas. Teremos um ‘roadbook’ colorido, como vimos em Marrocos e vários dias em que o darão apenas antes pa partida. Por isso vai ser um Dakar muito desafiador, não apenas para os pilotos mas também para as equipas, a assistência e a organização”.

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